No fim de semana em que estreia “Um Homem Irracional”, dois irmãos, o jornalista Rogerio W. Galindo e o tradutor Caetano W. Galindo – ambos fãs de Woody Allen, ambos colunistas da Gazeta do Povo –, escolhem 5 e 13 filmes favoritos na lista dos 52 realizados pelo nova-iorquino.
Lista 1
Com a palavra, Rogerio:
O final do filme tem a melhor cena romântica do cinema, depois de Chaplin, sem que haja um beijo ou toque de mãos entre os atores. Cidade linda, música de primeira e uma lista das melhores coisas do mundo, segundo o próprio Woody Allen.
O mais divertido mosaico possível sobre uma família disfuncional. Uma autobiografia cheia de amor pelas pessoas esquisitas que nos cercam.
A vida como ela é, mas com a edição necessária para não cair na chatice. Roteiro perfeito e trabalho de câmera sensacional. Além da grande Judy Davis.
Dificilmente entra na lista dos melhores do Woody Allen. Mas na minha entra. Os três personagens centrais são dos melhores que ele já escreveu.
Aí fica a pergunta: como é que alguém de mais de 70 anos consegue fazer uma virada dessa na carreira e escrever e dirigir um filme desses?
Lista 2
Agora, Caetano:
Brilhante exemplo da fase “bobeira”. E tem a piada do pão...
Ele comprou os direitos de filmagem do livro só pra usar o título. Saudade de quando ele tinha grana pra isso.
Tudo que todo mundo quis saber sobre como fazer comédias românticas.
“No more pancakes!”
Lindo, engraçado: o uso de música (e de poesia!) é de matar.
Talvez o meu favorito “do coração”. Primeiro filme que eu fui ver só com amigos no cinema.
Megaexperimento de técnica cinematográfica, puta filme.
Fofo demais, a continuação que “Annie Hall” nunca teve.
Quem mais ia dar conta de fazer isso? E a coragem?
Dois filmes muito diferentes, duas experiências bem raras. Pontos muito altos.
Ele continua em forma, sim, senhor. (E de quantos cineastas a gente escolhe, facinho, mais de dez favoritos?)
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