Amor e arquitetura andam juntos em “De Onde Eu te Vejo”

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“De Onde Eu te Vejo”, filme de Luiz Villaça que estreia nos cinemas, é uma história de amor, mas não apenas entre duas pessoas. A comédia romântica nacional é também uma homenagem à cidade de São Paulo, inserida praticamente como um dos personagens centrais da narrativa.

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No filme, Ana (Denise Fraga) e Fábio (Domingos Montagner) são um casal em processo de separação após quase 20 anos de casamento. Uma situação comum a muita gente, mas com uma peculiaridade: eles passam a viver em apartamentos separados, porém, que ficam de frente um para o outro. Assim, continuam monitorando a rotina alheia e mantendo laços físicos e afetivos.

Enquanto Fábio é jornalista, Ana é arquiteta. O trabalho dela é negociar a compra de imóveis antigos para serem demolidos e darem lugar a prédios novos. Em suas peregrinações pela capital paulista, os dois reveem locais que fizeram parte da história do casal: um cinema, uma cantina, a estação rodoviária... dessa forma a narrativa compõe uma espécie de mapa afetivo, associando em muitos momentos arquitetura, memória e relacionamentos amorosos.

“De Onde Eu te Vejo” nasceu de uma ideia em conjunto de Villaça e Denise, casados na vida real e que, entre cinema e televisão, já trabalharam juntos sete vezes. “Essa ideia tem muito a ver com o amor que o Luiz tem por São Paulo, mas também é algo que todos nós temos, essa relação afetiva com os lugares que fazem parte da nossa vida”, conta a atriz em entrevista à Gazeta do Povo.

Alternando humor e dramaticidade, o filme foge um pouco do padrão da atual cinematografia nacional, que aposta em comédias mais rasgadas. “Ele vai além da comédia romântica e funciona quase como um tratado poético sobre as relações”, acredita Denise. Ao drama da separação do casal soma-se a filha adolescente Manoela (Manoela Aliperti), que está prestes a morar longe dos pais para fazer faculdade no interior.