“Meu Deus! E eu não estou rica!” Eis a reação bem-humorada da atriz Ingrid Guimarães ao saber que ela é a terceira mulher mais “assistida” da história do cinema nacional.
Quatro de seus filmes - “De Pernas pro Ar” (2010), “De Pernas pro Ar 2” (2012), “Minha Mãe É uma Peça” (2013) e “Loucas para Casar” (2014) - levaram às salas 16,6 milhões de espectadores. Somados aos números de seus filmes “menores”, mais de 18 milhões de pessoas já ficaram sentadas nas poltronas diante da imagem de Ingrid na tela.
Apenas duas atrizes atraíram mais gente aos cinemas no Brasil: Xuxa, que reúne mais de 60 milhões de espectadores, e Sonia Braga, com cerca de 25 milhões de ingressos vendidos no país. A grande maioria dessas arrecadações foi antes de 2000. Neste início de século, Ingrid é soberana.
Desde a última quinta-feira (1º), ela está em cartaz com “Um Namorado para Minha Mulher”, refilmagem de um estouro argentino de bilheteria. “Estou muito orgulhosa desse filme. Não é uma comédia de alta voltagem, é humor de situação, e tem um romance lindo”, diz a atriz.
Ingrid teve ondas diferentes de popularidade em sua carreira. Primeiro, no teatro, com dois fenômenos, “Confissões de Adolescente” e “Cócegas” - esta ficou 11 anos em cartaz, um trabalho ao lado da parceira Heloisa Perissé. Depois, séries de sucesso na TV -como “Sob Nova Direção”, também com Heloisa - e, nos últimos anos, o estouro no cinema.
“Pela primeira vez na minha vida, e isso mostra que a gente está envelhecendo, eu tenho fãs não de um determinado trabalho, tenho fãs da minha história”, diz a atriz de 44 anos. “Fora os fãs mais jovenzinhos, que normalmente são dos filmes e do ‘Chapa Quente’“, complementa, referindo-se à série da Globo em que trabalha com Leandro Hassum, sua “versão masculina” nas bilheterias.
Ele é o ator brasileiro mais visto no cinema neste século.
Conjunto da obra
“Acho que hoje em dia é uma junção de toda a minha carreira. O que eu acho mais interessante é que eu antes de tudo virei uma atriz popular de teatro, onde comecei a carreira ralando, passando o dia em shopping, distribuindo filipeta da peça. Tanto o cinema como a TV vieram uns dez anos depois.”
O público dos filmes é bem eclético, mas há uma parcela feminina muito grande. “Tenho muita popularidade entre mulheres de classe média. Meus filmes falam de assuntos muito femininos. Vejo vários grupos de mulheres combinando nas redes sociais a ida ao cinema para ver meus filmes. Nunca imaginei na minha carreira ser popular no cinema, foi uma grande surpresa.”
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