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“Deuses do Egito” é mais branco que o Oscar 2016. E, nesse caso, há um agravante: o filme se passa em um país do norte da África.
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O “physique du rôle” do elenco parece mais apropriado para lenda celta do que para Egito antigo: tem escocês (Gerard Butler), inglês (Rufus Sewel), australianos (Brenton Thwaites, Geoffrey Rush) – todos brancos.
A polêmica do branqueamento do elenco teve um efeito colateral positivo: tirou o foco da ruindade do filme.
A trama passada no Egito antigo é uma desculpa para uma confusa orgia de efeitos digitais de gosto duvidoso, de lutas grandiloquentes e intermináveis, de diálogos involuntariamente cômicos, da exposição fetichista (e homoerótica) de torsos masculinos.
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