Quem disse que no Paraná não há samba? Na década de 1940, a Vila Tassi era o reduto de pandeiros e violões animados. A região, que levava o nome do proprietário daquelas terras, era o reduto dos trabalhadores da estação ferroviária e abrangia parte do que é hoje a Vila das Torres e o Jardim Botânico.
Com o intuito de relembrar os ziriguiduns das araucárias, o curitibano João Carlos de Freitas lança no próximo dia 10 o livro Colorado A Primeira Escola de Samba de Curitiba. Nomes que fizeram a história do samba no Paraná, como Maé da Cuíca que não deixa de sambar aos 83 anos de idade , Mamangava, Mutum, Menga, Binho, Dalvino e Ceguinho estão na obra, que faz parte de um projeto que contempla também o lançamento de um disco com releituras daqueles sambas, para lá de originais.
"O que as escolas de samba do Rio fizeram na década de 1970, acelerar a bateria, por exemplo, já era feito aqui", conta Freitas.
Prova são os espaços Piti Fubá, Nilo Samba Choro, Faustus, Villa das Artes e Bar Botafogo e as bandas cúmplices Simplicidade, Samba Saudade, Grupo do Cepo e Combinado Silva Só. Um projeto inédito fará uma seletiva musical todos os meses, até novembro, e no próximo ano será gravado um CD com os 11 melhores sambas regionais. Os vencedores do mês serão escolhidos por um júri e, no último domingo de cada mês, os selecionados vão participar do Samba do Compositor Paranaense, na Casa Latino-Americana do Paraná (R. João Manuel, 140 São Francisco).
Serviço:
Lançamento do livro Colorado A Primeira Escola de Samba de Curitiba. Dia 10, das 15 às 19 horas. Sociedade 13 de Maio (R. Clotário Portugal, 274 São Francisco).
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