Uma década após o lançamento de “Ainda Há Tempo”, considerado um disco fundamental na história do rap brasileiro, o paulista Criolo traz a Curitiba a turnê baseada em seu primeiro álbum no dia 18 de março, na Pedreira Paulo Leminski. No mesmo dia, o rapper norte-americano Snoop Dogg e o grupo Planet Hemp também se apresentam (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).
O show traz o formato clássico do hip hop, com DJ e MC no palco, com novas interpretações para os raps de dez anos atrás, fazendo uma releitura audiovisual do que aconteceu em sua vida até chegar ali.
“O mundo mudou – tem letra escrita dez anos atrás, tem música com 20 anos – mas há uma mesma essência. Era um meio hostil, e quando cada um tá tentando sobreviver no seu microcosmo, não percebe muitas possibilidades. Só que quando alguém te dá uma oportunidade, ninguém sabe o que vai acontecer, e outras portas na sua mente se abrem. Pensei que seria bom confraternizar com as pessoas. Ativar sensores”, explica Criolo.
Apesar da dificuldade técnica no processo de adaptação das composições aos padrões sonoros atuais - já que não existem mais as masters originais -, Criolo selecionou produtores de rap para recriar algumas das batidas.
O acabamento final ficou por conta de Daniel Ganjaman, diretor artístico e musical do espetáculo. “Tudo foi se moldando de acordo com o que cada um tinha na mão, e organicamente tomando um rumo”, conta.
Ganjaman também pilota a mesa de som, acompanhado no palco pelos DJs DanDan e Marco, mixando ao vivo com técnicas dos soundsystems de reggae e dos live P.A.s de música eletrônica.
Para trazer o aspecto visual, o cenário, uma paisagem móvel de tela de LED idealizado pelo artista plástico Alexandre Órion, reproduz animações que acompanham o fluxo das canções e moldam a experiência ao vivo.
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