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Cena do longa "Un Prophète", de Jacques Audiard | Divulgação
Cena do longa "Un Prophète", de Jacques Audiard| Foto: Divulgação

A França pode estar próxima de uma rara vitória consecutiva no Festival de Cinema de Cannes com o drama carcerário Un Prophète, de Jacques Audiard, o favorito por margem estreita para conquistar a cobiçada Palma de Ouro na cerimônia de entrega dos prêmios, no domingo.

O país anfitrião do festival foi vitorioso em 2008 com Entre os Muros da Escola, e, de acordo com o crítico de cinema do The Guardian Peter Bradshaw, Um Prophète "mostra que Audiard é o maior nome do novo cinema francês."

Mas ainda faltam ser exibidos dois filmes da competição oficial, e à medida que se aproxima o fim da maratona de 12 dias de cinema em Cannes, ainda não há um candidato favorito definido, como aconteceu em 2007 e 2008.

De acordo com críticos, qualquer um entre oito ou mais filmes pode sair vencedor num ano em que a expectativa de um festival clássico, com base na lista de diretores reverenciados selecionados, não correspondeu exatamente à realidade do que vem sendo visto nas telas.

A neozelandesa Jane Campion, que levou a Palma de Ouro em 1993 por O Piano, é uma das favoritas com seu filme biográfico sobre John Keats e Fanny Bradshaw, Bright Star. O mesmo pode ser dito de Pedro Almodóvar e seu filme Os Abraços Partidos, com Penelope Cruz.

O austríaco Michael Haneke recebeu críticas extasiadas por seu trabalho estranho e provocador de reflexões The White Ribbon. O filme italiano Vincere, sobre Mussolini, foi amplamente aplaudido, e Ken Loach, vencedor em 2006, ganhou aplausos com seu otimista e comovente Looking for Eric, com o ex-jogador de futebol Eric Cantona.

Dois outros filmes franceses - o incomum Les Herbes Folles, de Alain Resnais, e A l'origine, de Xavier Giannoli" - agradariam a muitos se fossem os vencedores.

E até mesmo Anticristo, o filme controverso de Lars von Trier que inclui cenas explícitas de sexo e automutilação genital, é visto como aposta possível, apesar de ter ofendido e desagradado a muitos que o viram.

Entre as maiores decepções de crítica este ano estão trabalhos de diretores asiáticos, incluindo a história macabra Kinatay, do filipino Brillante Mendoza, e Spring Fever, do chinês Lou Ye, que fez o filme desafiando uma proibição de fazer cinema por cinco anos.

Taking Woodstock, do diretor taiuanês premiado com o Oscar Ang Lee, baseado na história verídica de como aconteceu o legendário festival de rock de 1969, se saiu mal na pesquisa informal feita pela Screen International junto a críticos internacionais.

O ansiosamente aguardado Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino e estrelado por Brad Pitt, dividiu as opiniões das plateias, mas sua capacidade de atrair alguns dos maiores astros de Hollywood para o tapete vermelho foi notícia bem-vinda para a mídia.

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