Bruno Garcia dirige Marília Medina, em "Apareceu a Margarida"| Foto: Divulgação/FTC 2007

O Festival de Teatro de Curitiba (FTC) é um evento de sucesso. É o que revelam os números, divulgados no final de cada edição do festival. Este ano, na sua 16ª edição, o FTC teve um crescimento médio de público de 10%. "Sem contar o público das estátuas vivas, chegamos a um número de 120 mil pessoas. Na edição do ano passado, a média total, foi de 110 mil pessoas", anunciou o diretor geral do FTC, Victor Aronis, em entrevista coletiva de balanço do evento, concedida neste sábado (31). Para Aronis, o crescimento de público se deu, também, em função do maior número de espetáculos de rua, que integraram a programação do FTC este ano. O valor médio da receita arrecadada nas bilheterias foi de R$ 600 mil, grande parte, referente aos espetáculos do Fringe, a mostra paralela.Sobre os espetáculos apresentados na Mostra Oficial, Aronis, explicou que os curadores, responsáveis pela seleção das peças, procuraram descentralizar, trazendo montagens de diferentes estados do país que apresentassem um panorama do que está sendo feito. Se teve muito musical, ou monólogo, uma observação feita pelo público em geral, é porque é isto que está acontecendo no cenário nacional. "Nós não queremos o óbvio e não é para todos os espetáculos serem bons. Este ano a curadoria arriscou mais do que nos anos anteriores, quando a Mostra Oficial não trazia novidades. O festival vai se renovando, se atualizando de acordo com a realidade que encontra", comentou Aronis. Na somatória de sessões foram 921 apresentações, sem contar as estátuas vivas, e um total de 232 espetáculos, sendo 21 da Mostra Oficial e 202 do Fringe.

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Novelas Curitibanas e Infantil devem permanecer

As experiências da mostras Cidade Viva (com as estátuas vivas), Novelas Curitibanas e Infantil devem permanecer na próxima edição do FTC. "Foram caminhos novos que apontamos e deu certo. As estátuas devem ter um número até maior no próximo ano. Já a mostra Gralha Azul não deve continuar. O pessoal do troféu não gostou da disposição dos horários", declarou. Conforme Aronis, por uma iniciativa do FTC, a mostra das peças paranaenses que concorrem ao prêmio foi incluída no festival e, formada uma comissão julgadora nacional, para contribuir na votação. Mas como muitas peças tinham horários que batiam com a Mostra Oficial, os jurados acabaram optando mais por assistir as peças do FTC.

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Entre os problemas encontrados pela organização, estão o calor atípico para esta época do ano em Curitiba, o que gerou alguma reclamação, porque os espaços estavam muito quentes em alguns horários. E os constantes atrasos e cancelamentos de voôs, que obrigaram algumas companhias de teatro a permanecerem mais tempo na cidade. "São surpresas que podem acontecer temos que resolver na hora", disse o diretor. Ele também adiantou que a oferta de oficinas será repensada.

A 17ª edição está confirmada, e deve acontecer entre 20 e 30 de março de 2008. "Nós sempre pegamos o último domingo de março. Existe a idéia de tornar o festival maior, com 15 dias, mas depende de patrocínios e não acredito que esta idéia se torne realidade já na próxima edição", adiantou. "Encerro este festival completamente satisfeito, com aumento de público, de bilheteria. O público aqui comparece, paga pra ver as peças, acho que vão mais ao teatro nesta época, do que no resto do ano. Acredito que são pessoas que até esperam ir ver um ator global, só que chegam ao teatro e vêem ele fazendo outra coisa, bem diferente do que estão acostumados. É um público bacana", concluiu.

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