O evento
- A Mostra Competitiva tem início na quinta-feira (19) e segue até o dia 27 de julho, sempre às 19 horas, na Arena do Centreventos Cau Hausen. Os espetáculos inscritos, previamente selecionados por um conselho artístico, serão avaliados por uma banca de jurados. Os vencedores reapresentam seus espetáculos na Mostra dos Campeões, no último dia do Festival (28), às 19 horas.
- Com apresentação do espetáculo Isadora.Orb "A Metáfora Final", os cariocas Andréa Jabor e Ricky Seabra abrem na quinta-feira a Mostra de Dança Contemporânea, que este ano reúne seis companhias profissionais. A mineira Quik Cia. de Dança apresenta Formas e Linhas no dia 20. Nos dias 21 e 22, entram em cartaz Renato Vieira Cia. de Dança, com "A Terceira Margem", e Clebio Oliveira Cia. de Dança, com "Tudo o Que se Espera". Depois, será a vez dos paulistanos Marta Soares Grupo de Dança Teatro, com "O Banho" (23), e Cia. Borelli de Dança, com "Carta ao Pai" (24).
Na noite desta quarta-feira (18), o bailarino russo (naturalizado norte-americano) Mikhail Baryshnikov, sobe no palco principal do Centreventos Cau Hansen, em Joinville, dando mais brilho à noite de abertura do 25.º Festival de Dança da cidade. Baryshnikov apresenta coreografias de sua nova companhia, a Hells Kitchen Dance.
Acostumado a dançar em palcos do mundo inteiro há quatro décadas, o bailarino foi bastante simpático na conversa que teve com os jornalistas na cidade, na terça-feira (17). Disse estar espantado com o tamanho da Arena do Centreventos Cau Hansen, na qual ele e seu grupo formado por 14 jovens bailarinos apresentarão as peças "Years Later", de Benjamin Millepied, e "Come In", de Aszure Barton. "Nunca nos apresentamos em lugares tão grandes", comentou.
Na cidade desde a segunda-feira (16), o bailarino assistiu um espetáculo surpresa da Escola Ballet Bolshoi, sediada em Joinville, e escolheu três jovens alunos para dançar com ele o Pas de Trois, segundo ato do balé "Quebra-Nozes": Mônica Gross, Taís da Silva e Giovani Furlan, todos com 14 anos. "Eles são fabulosos. Qualquer escola do mundo teria orgulho de tê-los como alunos", disse. Jovens bailarinos parecem ser o alvo da atenção deste senhor de mente aberta, prestes a completar 60 anos. A sua nova companhia é formada por talentos que, ao contrário dele próprio e de outros grandes bailarinos, "formados nas ruas", estudaram em faculdades de dança de Nova Iorque e começam a consolidar suas carreiras.
"Nossa iniciativa é introduzir jovens artistas, não apenas da dança, mas de teatro, música, cinema, design e artes visuais, no mundo da arte comercial", conta o bailarino. E menciona as dificuldades enfrentadas por novos artistas: "Noventa por cento dos artistas norte-americanos trabalham como garçons ou garçonetes".
Ao responder sobre o que o considera novo no cenário mundial da dança, ele foi incisivo: "Somos dançarinos, não críticos. Quanto mais eu danço, menos sei o que é novo ou deixa de ser". Mas, parece interessado em conhecer novos movimentos, especialmente se feitos por uma nova geração de artistas. No Rio de Janeiro, sua próxima parada no Brasil, onde fará única apresentação no dia 20, no Theatro Municipal, pretende visitar jovens companhias com trabalhos populares. "Estou interessado no aspecto socioeconômico", afirma. A Hells Kitchen Dance encerra a curta temporada brasileira em São Paulo, nos dias 24 e 25.
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Serviço: Noite de Abertura do 25.º Festival de Dança de Joinville. quarta-feira (18) às 20 horas. Arena do Centreventos Cau Hansen (Av. José Vieira, 315 América, Joinville). Com Mikhail Baryshnikov e a companhia Hells Kitchen Dance. Ingressos esgotados.
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