O cantor e compositor inglês George Michael, de 53 anos, morreu neste domingo (25). Quem confirmou a informação foi o agente do artista, em nota divulgada à imprensa. De acordo com o texto, o artista “morreu em casa, em paz”.
George Michael começou a carreira na década de 1980, como integrante do duo Wham!. Mas foi na carreira solo que fez sucesso, vendendo mais de 100 milhões de álbuns, ao longo de quase quatro décadas.
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Autoridades informaram ao site da BBC que não encontraram qualquer “circunstância suspeita” na casa do músico. “É com enorme tristeza que confirmamos que nosso amado filho, irmão e amigo George morreu em paz em sua casa durante o Natal”, dizia a nota.
“A família pede que sua privacidade seja respeitada neste momento de dificuldade e de emoções. Não faremos outros comentários no momento”.
Carreira
George Michael foi o cantor pop britânico de maior sucesso na década de 1980, além de um dos raros casos de sucesso adolescente que conseguiu manter a fama e o sucesso com o passar do tempo. Inicialmente tido como sex symbol, Michael evoluiu na carreira com hits que tinham uma forte pegada de dance music e influências soul.
Nascido em Londres em 25 de junho de 1963, Georgios Kyriacos Panayiotou (seu nome de batismo) formou o duo pop Wham! com o colega de escola Andrew Ridgeley no ano de 1981. Já no ano seguinte conseguiram entrar na parada de sucessos do Reino Unido. O segundo disco da dupla, “Make It Big”, de 1984, transformou-os num verdadeiro fenômeno internacional, com “Wake Me Up Before You Go-Go”, “Careless Whisper” e “Everything She Wants”.
Nessa época o Wham! havia se tornado tão grande que foi o primeiro grupo ocidental e fazer um show na China comunista, em 1985. Mas George Michael já exibia uma ambição de carreira solo, que de fato começou no ano seguinte.
Ele não desperdiçou tempo: lançou seu primeiro álbum “Faith”, em 1987, produzindo, compondo e arranjando as músicas, e conseguiu superar o sucesso do Wham! com uma série de hits gigantescos, como “I Want Your Sex”, “Father Figure”, “Kissing a Fool” e a faixa-título. O disco vendeu mais de de 20 milhões de cópias em todo o mundo.
“Faith” não deixava dúvidas de que Michael era um dos novos ícones da música pop, e depois de gravar duetos de sucesso com Elton John e Aretha Franklin provou que ele tinha o respeito dos artistas veteranos, bem como do público mais jovem.
Durante a década seguinte, o cantor tentava continuamente desfazer-se da imagem de artista pop descartável, com discos mais sérios como “Listen Without Prejudice, Vol. 1” (1990) e “Older” (1996).
Abertamente homossexual, Michael teve várias ocorrências com a polícia por porte de drogas e dirigir alcoolizado. Em 1998, no episódio mais polêmico, foi preso por atentado ao pudor num banheiro público após o flagrante de um policial.
Michael estava fora dos holofotes nos últimos anos, depois de um caso de pneumonia em 2011. “Eu sou um homem novo”, disse ele à imprensa britânica depois que se recuperou, mas desde então não lançava nenhum trabalho inédito.
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