Os olhos de cor violeta que encantaram o mundo se fecharam ontem para sempre e o cinema perdeu uma de suas maiores e mais belas estrelas. A atriz Elizabeth Taylor morreu, de colapso cardíaco, em Los Angeles, aos 79 anos, no Hospital Cedars-Sinai, onde já havia sido internada com problemas de coração no mês passado.
Numa Hollywood pautada pela rapidez com que atores e atrizes surgem e caem no esquecimento, Elizabeth Taylor foi a maior das exceções. Apareceu pela primeira vez na tela grande aos 9 anos e cresceu diante das câmeras, fazendo enorme sucesso antes mesmo de entrar na adolescência em filmes como Lassie e a Força do Coração (1943) e A Mocidade É Assim Mesmo (1944).
Poucos na história do cinema fizeram uma transição tão espetacular para a idade adulta quanto Elizabeth. Com apenas 19 anos, protagonizou, ao lado de Montgomery Clift, que se tornaria um de seus melhores amigos, o drama Um Lugar ao Sol (1951), filme que daria ao cineasta George Stevens o Oscar de melhor direção e a colocaria no seleto time das grandes estrelas do cinema norte-americano, do qual se tornaria, na virada da década de 60, sua rainha. Não à toa, em 1963, estrelou Cleópatra, a produção mais cara realizada até então.
Foram 50 anos de carreira e mais de meia centena de filmes (leia mais na página 3), dois Oscars (confira quadro nesta página) e uma vida pessoal das mais atribuladas, marcada por vários casamentos, excentricidades, muitos problemas de saúde e grandes causas humanitárias. A maior delas: a luta contra a aids.
"Ela era, sem dúvida nenhuma, uma das personalidades que mais inspiraram a luta contra a doença", afirmou ontem, em nota divulgada à imprensa, a American Foundation for Aids Research. "Elizabeth deixa uma herança monumental que permitiu prolongar e melhorar a vida de milhões de pessoas e que salvará e inspirará outras, nas próximas gerações", destacou a entidade, fundada em 1985, ano em que um outro astro de Hollywood, o ator Rock Hudson amigo de Liz Taylor com quem contracenou em Assim Caminha a Humanidade (1956) morreu de complicações ligadas à doença. A atriz criou sua própria fundação contra a aids em 1991, e recebeu, no ano seguinte, o prêmio Jean Hersholt, dado a profissionais do cinema que se dedicam a causas humanitárias.
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