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Gata em Teto de Zinco Quente, Um Lugar ao Sol (foto 1), e Cleópatra (foto 2): personagens muitas vezes entre o bem e o mal | Divulgação
Gata em Teto de Zinco Quente, Um Lugar ao Sol (foto 1), e Cleópatra (foto 2): personagens muitas vezes entre o bem e o mal| Foto: Divulgação

Filmografia

Confira a seguir os principais filmes que marcaram a carreira de Elizabeth Taylor

1942: There’s One Born Every Minute

1943: Lassie e a Força do Coração

1944: Evocação

1944: A Mocidade É Assim Mesmo

1946: A Coragem de Lassie

1949: Mulherzinhas

1950: O Pai da Noiva

1951: Um Lugar ao Sol

1951: Quo Vadis

1956: Assim Caminha a Humanidade

1958: Gata em Teto de Zinco Quente

1959: De Repente, no Último Verão

1960: Disque Butterfield 8 (Oscar de melhor atriz)

1963: Cleópatra (primeiro filme com Richard Burton)

1963: Gente Muito Importante

1966: Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (2.º Oscar de melhor atriz)

1967: A Megera Domada

1967: Doutor Faustus

1967: O Pecado de Todos Nós

1967: Os Farsantes

1968: O Homem Que Vem de Longe

1980: O Espelho Quebrado

1989: Doce Pássaro da Juventude

1994: Os Flintstones

É difícil acreditar, mas Elizabeth Taylor, quando menina, foi considerada um patinho feio. As sobrancelhas negras espessas, que emolduravam os olhos da cor de violetas, lhe davam um semblante grave e fechado demais para uma garotinha. Não permitiam ainda que nela vissem o belo cisne em que iria se transformar.

Nascida a 27 de fevereiro de 1932 em Londres, filha de pais norte-americanos oriundos do Kansas (o estado onde se passa O Mágico de Oz), Elizabeth teve contato com o mundo artístico já na infância – o pai, Francis Taylor, trabalhava com o comércio de obras de arte, atividade que o levou à Inglaterra, e a mãe, Sara, havia sido atriz de teatro.

Foi no Reino Unido, onde viveu os primeiros anos de vida, que a pequena Elizabeth, aos 3 anos, aprendeu a montar cavalos, habilidade que lhe seria valiosa quando foi escolhida, já em Hollywood, para estrelar o grande sucesso de bilheterias A Mocidade É Assim Mesmo (1944), no qual viveu o papel de uma jóquei mirim.

Por muitos anos considerada a mulher mais bonita do cinema, Elizabeth Taylor foi uma grande atriz, apesar de sempre ter chamado mais atenção por sua persona estelar do que pelos talentos dramáticos que a colocaram no topo antes do fim da adolescência.

No clássico Um Lugar ao Sol (1951), vencedor de seis Oscars, incluindo o de melhor direção (para George Stevens), ela provou, aos 19 anos, ser bem mais do que apenas um rosto bonito. Ela brilha no papel de uma jovem rica e sofisticada que se apaixona pelo primo pobre (Montgomery Clift), que comete um crime para ficar com ela.

Já nesse filme, percebem-se indícios da dualidade que marcaria a carreira de Elizabeth: ela era ao mesmo tempo angelical e demoníaca. Guardava traços do bem e do mal em seu rosto perfeito. Essa qualidade foi explorada em quase todos os grandes papéis de sua carreira, seja como a sensual e provocativa Maggie, de Gata em Teto de Zinco Quente (1958) ou na pele da garota de programa Gloria Wondrous, em Disque Butterfield 8 (1960). Sem falar, é claro, da rainha do Egito Cleópatra na extravagante superprodução do diretor Joseph L. Mankiewicz, de 1963.

No entanto, se fosse para escolher um dos filmes menos conhecidos da carreira de Elizabeth Taylor como exemplo dessa ambiguidade que sempre a acompanhou, o mais interessante deles seria O Pecado de Todos Nós (1967), excelente e subestimado longa-metragem de John Huston coestrelado por Marlon Brando, que vive um militar homossexual às voltas com os desvarios de sua esposa adúltera e sempre à beira da histeria, capaz de espancá-lo com um chicote. É uma atuação genial.

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