Se o Oscar fosse uma partida desportiva, ela teria terminado em empate: 5 x 5. Mas, na grande festa do cinema norte-americano, é considerada vencedora a produção que ganha as cobiçadas estatuetas de melhor filme e direção. Nesse caso, O Artista bateu A Invenção de Hugo Cabret no último domingo (26).
Mudo, em preto e branco e francês, O Artista é uma obra anômala no cenário hollywoodiano, apesar de, ironicamente, ser uma homenagem a ele. Suas chances de triunfo foram anabolizadas por conta do sempre poderoso trabalho de divulgação e lançamento, promovido por seus distribuidores no mercado norte-americano, os astutos irmãos Weinstein.
A empreitada deu certo. O Artista ganhou o Globo de Ouro, o Bafta (o Oscar britânico), o Indepedent Spirit Awards e o César, maior premiação do cinema em sua terra natal. E chegou ao Oscar como franco favorito, dando a estatueta de melhor ator ao pouco conhecido Jean Dujardin, que vive em O Artista o astro do cinema mudo que vê sua carreira destruída com a chegada dos filmes sonoros. A produção ganhou ainda os prêmios de melhor trilha sonora e figurino.
A Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorsese, superior a O Artista, venceu em cinco categorias, todas técnicas: fotografia, efeitos visuais, som, edição de som e direção de arte.
Jejum
O momento mais emocionante da noite foi, sem dúvida, o anúncio do prêmio de melhor atriz. Depois de um jejum de 30 anos, Meryl Streep conquistou sua terceira estatueta por viver nas telas a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher em A Dama de Ferro. Ela não era a favorita: muitos apostavam na vitória de Viola Davis, por Histórias Cruzadas. Visivelmente emocionada, Meryl, indicada 17 vezes ao prêmio, disse que provavelmente não vencerá outra vez. Mas não contem com isso.
De Histórias Cruzadas, quem acabou vencendo foi Octavia Spencer, na categoria de melhor atriz coadjuvante, por seu trabalho como uma empregada negra hostilizada pela patroa branca no Mississippi dos anos 60.
O canadense Christopher Plummer, aos 82 anos, tornou-se o ator mais idoso a vencer uma estatueta. Ele foi aplaudido de pé ao ser escolhido como o melhor coadjuvante por Toda Forma de Amor, em que vive um homem que assume sua homossexualidade depois da morte da esposa.
Os Descendentes, de Alexander Payne, venceu o Oscar de melhor roteiro adaptado e Meia-noite em Paris deu a Woody Allen sua terceira estatueta de melhor roteiro original as outras foram por Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1978) e Hannah e Suas Irmãs (1987).
Confirmando seu favoritismo, A Separação, do iraniano Asghar Farhadi, venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Trump barra novos projetos de energia eólica nos EUA e pode favorecer o Brasil
Brasileiro que venceu guerra no Congo se diz frustrado por soldados que morreram acreditando na ONU
Não há descanso para a censura imposta pelo STF
Tarcísio ganha influência em Brasília com Hugo Motta na presidência da Câmara
Deixe sua opinião