Sergei Filin, diretor artístico do grupo Bolshoi| Foto: Reuters

A polícia russa vai usar um detector de mentiras na investigação sobre o ataque ao diretor artístico do Teatro Bolshoi, Sergei Filin, que foi atingido com ácido no rosto, perto de sua casa, na noite do último dia 17. Os suspeitos passarão pelo teste com o polígrafo, segundo uma porta-voz da polícia de Moscou.O ex-bailarino confirmou às autoridades russas que, meses antes do ataque, vinha recebendo ameaças.

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Filin, que foi substituído momentaneamente na companhia de dança pela bailarina Galina Sepanenko, acredita que o atentado foi motivado por questões profissionais. Ele chegou a disputar a direção artística do Bolshoi com Nikolai Tsiskaridze, que chegou a ser interrogado pela polícia recentemente.

As autoridades devem seguir interrogando pessoas próximas ao diretor e membros do Bolshoi.

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Filin, de 42 anos, ainda está hospitalizado. No último domingo, ele disse em entrevista ao canal de televisão russo NTV que perdoa o agressor e está determinado a voltar ao trabalho, apesar da gravidade de seus ferimentos."Claro que é muito duro para mim e muito difícil. Eu digo a mim mesmo a cada amanhã ao acordar: 'Sergei, você está saudável, tudo está no seu lugar: seu braço, suas pernas...' e eu vou fazer de tudo para voltar a ser o mesmo de antes", disse o ex-bailarino.

Filin, 42, sofreu queimaduras graves durante um ataque em frente de sua casa. Os médicos realizaram duas operações em cada olho e a equipe divulgou que o ex-bailarino não corre risco de perder a visão.

"Mesmo se o pior acontecer, vou continuar a fazer o que eu faço, mas será através dos olhos de meus três filhos", disse.