O médico acusado pela morte do pop star Michael Jackson retirou provas do local da morte antes de chamar uma ambulância ao perceber que o cantor estava inconsciente, disse um promotor ao tribunal nesta terça-feira (4).
As acusações ocorreram durante a audiência preliminar do julgamento do médico Conrad Murray, que estava tratando de Jackson quando ele morreu de overdose de medicamentos em 25 de junho de 2009. Murray é acusado pelo homicídio culposo do cantor.
O promotor adjunto de Los Angeles David Walgren disse que mais de 20 minutos se passaram entre o momento em que Murray descobriu o astro de 50 anos em sua cama sem respirar e o momento em que um segurança de Jackson chamou os paramédicos.
"É um dado importante que naquele momento o número 911 (serviço de emergência) não tenha sido acionado ou que o doutor Murray não tenha mandado alguém ligar", disse Walgren ao juiz no tribunal de Los Angeles, que incluía jornalistas e membros da família Jackson.
"Em vez disso, o doutor Murray mandou um empregado auxiliá-lo na coleta de evidências médicas e apetrechos diversos", disse Walgren.
Jackson, um dos artistas mais vendidos de todos os tempos e cujos sucessos incluem "Thriller", morreu após uma dose letal do poderoso anestésico propofol, que é normalmente usado em cirurgias, mas que Jackson usava como sonífero.
Murray, médico com consultórios em Houston e Las Vegas, foi contratado para tratar de Jackson antes de uma série de concertos em Londres, que deveriam começar em julho.
Os promotores acreditam que Murray administrou uma overdose de propofol. Na audiência preliminar, que vai oferecer provas para avançar essa teoria, um juiz irá determinar se os fatos são suficientes para trazer Murray a julgamento, possivelmente diante de um júri.
Murray admitiu ter dado propofol a Jackson, mas não se confessou culpado da acusação.
Em uma audiência separada na semana passada, Walgren disse que a promotoria acredita que a defesa vai alegar que Jackson pode ter morrido ao injetar o propofol em si mesmo.
Os promotores esperam chamar até 30 testemunhas para depor na audiência preliminar.
Após as declarações de abertura, Walgren chamou um colaborador de Jackson, Kenny Ortega, para depor. Na audiência estavam a mãe de Jackson, Katherine, sua irmã La Toya e irmão Jackie.
Especialistas acreditam que o juiz levará o caso a julgamento.
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