Juvenal Nones, proprietário da barbearia Cordobes, no São Francisco, não estava em sua loja na tarde da última terça-feira (4).
Comecei penteando minha ex-mulher, que gostava de se arrumar antes da gente sair para dançar. Fiz o curso para agradar ela. A gente se separou e eu ganhei uma profissão.
- Conversa afiada:um passeio pelas barbearias de Curitiba
- Rua Pedro Ivo, 309
- Rua Riachuelo, 305, loja B
- Rua Carlos Cavalcanti, 716
- Avenida Sete de Setembro, 1.865
Lidando há alguns anos com problemas de saúde, o barbeiro com mais de cinquenta anos de profissão tirou a tarde para descansar. Justo. No seu lugar, de navalhete na mão, estava o colega Osni Ribeiro. “Pode fotografar. Barbeiros são uma espécie em extinção. Tem que chamar o Ibama para nos proteger”, brincou.
Ribeiro tem uma trajetória diferente de seus colegas de tesoura. “Comecei penteando minha ex-mulher, que gostava de se arrumar antes da gente sair para dançar. Fiz o curso para agradar ela. A gente se separou e eu ganhei uma profissão”, conta. Ele chegou a estudar na Espanha e em São Paulo com o badalado hair stylist (argh!) Celso Kimura. Mas conseguiu guarida mesmo na barbearia do Juvenal, com suas cadeiras da marca Ferrante e uma garrafa térmica mateira com água morna para dissolver o creme de barbear. “O que ele fez por mim nem um pai faz”, disse, de navalha na mão.
-
MST quer ampliar influência no governo Lula e pretende lançar 700 candidatos nas eleições 2024
-
De Platão aos memes de Haddad: o humor ainda amedronta o poder
-
Maduro prepara o terreno para se manter no poder
-
Cinturão da Ferrugem, antes a região esquecida dos EUA, vira o queridinho na eleição presidencial