Balé com orquestra ao vivo é outra coisa. É como deveriam ser todas as apresentações, mas isso nem sempre é factível.
O Balé Guaíra traz de volta a versão bailada de “Cinderela” (2014), pela primeira vez com acompanhamento da Orquestra Sinfônica do Paraná.
“É cada vez mais raro no país, porque as orquestras não fazem de tudo, como a nossa”, explica a diretora do teatro, Mônica Rischbieter.
As apresentações acontecem de quinta-feira (10) a domingo (13), no Guairão, com ingressos a R$ 20.
A regência é de Marcos Arakaki (da filarmônica de Minas Gerais). Ele assumiu um trabalho de peso, já que está sendo necessário sincronizar cenas que dependem totalmente do casamento entre coreografia, projeções e música.
Guairão. Com o Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná. Dias 10, 11 e 12 às 20h30 e 13 às 18 horas. R$ 20 e R$ 10 (meia).
“Agora a coisa é mais orgânica”, diz a diretora do Balé, Cintia Napoli. “Tem que manipular a imagem no tempo real com precisão absoluta.”
A trilha mescla as versões do tema de Cinderela de Gioachino Rossini, Johann Strauss e Serguei Prokofiev, além de canções espanholas de época.
Saia rodada
Quem for assistir a essa “Cinderela” sem ler a sinopse pode não reconhecer o conto de fadas.
2016
O ano que vem será agitado para o Balé Teatro Guaíra. Além de circular por todo o país apresentando suas versões dos clássicos “Romeu e Julieta” e “Cinderela”, e de remontar os espetáculos “Trânsito” e “Orikis”, de 2001, o grupo também irá criar trabalhos bastante contemporâneos com coreógrafos alemães. Para o fim do ano, o grupo ainda planeja produzir uma nova coreografia.
No lugar da abóbora, da tiara de brilhantes e do vestido azul-Disney, o coreógrafo e dramaturgo espanhol Gustavo Ramirez Sansano imaginou uma casa de família dos anos 1950, em que a televisão impera na sala de estar.
O príncipe se torna um milionário – mas o sonho do casamento permanece.
No divertido início, os bailarinos estão num salão de beleza, preparando-se para o baile. Participam 21 profissionais, em meio a uma cenografia portentosa do espanhol Luiz Crespo.
Outro destaque é o figurino de Gelson Amaral, que põe saias rodadas ao redor das pernas torneadas das bailarinas e ternos para os homens.
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