O bonequeiro argentino Sergio Mercurio apresenta até domingo (8), no Teatro da Caixa, seu novo espetáculo, “Aqueles Velhos de...”. Esta é a sexta criação que ele traz ao país, ao qual tem grande ligação desde que se casou com uma brasileira.
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Conhecido como El titiritero de Banfield, bairro de onde vem na Grande Buenos Aires, o artista se especializou na elaboração e manipulação de grandes bonecos. Em “Aqueles Velhos”, ele próprio contracena com uma de suas criações, em tamanho natural, à qual dá vida. Os dois encarnam Juárez e Juanito, que vivem em uma pensão. Juanito, o boneco, começa a apresentar sinais do mal de Alzheimer, e o amigo se esforça em ajudá-lo a recuperar a memória.
A forma como ele aborda a questão das lembranças foi desenvolvida tecnicamente a partir de uma inovação. Inspirado em espetáculos que assistiu nos quais desenhos feitos na areia são filmados e projetados numa tela, dando vazão a ideias concretas e abstratas, Mercurio usa o mesmo método, mas com algo um pouco mais argentino: a erva-mate.
“O chimarrão está na base de toda amizade na Argentina, então eu o utilizo para contar a história”, disse à Gazeta do Povo.
Para isso ele utiliza uma mesa de vidro, muito mate, luzes, uma câmara e projetor.
A idade mínima do espectador foi estabelecida em 16 anos pelo conteúdo forte trazido pela deterioração da memória. A peça fecha a “Trilogia da Velhice” iniciada por ele vários anos atrás.
Sergio Mercurio tem ocupado esse nicho mais raro, o da animação com bonecos ao vivo para adultos. Com essa ideia em mente, ele percorreu a Améria Latina com sua arte entre 1992 e 2004, somando mais de mil apresentações em países como Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guatemala e México.
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