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Felipe Hirsch volta a usar obras de autores latino-americanos. | Gazeta do Povo
Felipe Hirsch volta a usar obras de autores latino-americanos.| Foto: Gazeta do Povo

Após a estreia das três primeiras partes de “Puzzle” (denominadas A, B e C) durante a Feira do Livro em Frankfurt, em fevereiro deste ano, o diretor Felipe Hirsch surgiu com a última parte “Puzzle” (D). Na montagem, ele trazia retratos de manifestos paulistanos, não os de agora, mas a Semana Moderna de 22, falava da ação de pichadores na cidade e também da solidão da nossa língua na América Latina.

O processo criativo inteiro mirou um olhar crítico sobre a atual situação do país e que agora recebe provocações de artistas na nova empreitada do diretor.

Chamados de “A Tragédia Latino Americana” e “A Comédia Latino Americana”, são duas partes de um projeto criado especialmente para o Sesc São Paulo. A primeira tem estreia marcada para a Mostra Internacional de Teatro (MIT) e a segunda para o Festival Ibero Americano, o Mirada, em Santos.

A exemplo de “Puzzle”, Hirsch e a companhia Ultralíricos partirão de obras de autores latino-americanos contemporâneos. No projeto anterior, o grupo mergulhou nos escritos de Roberto Bolaño em “Entre Paréntesis e La Poesía Latinoamericana”, Paulo Leminski com “Distraídos Venceremos” e “Estando el Dionísio en lo Exilio”, de André Sant’Anna.

Dia 10

Para os ensaios abertos de “A Tragédia Latino Americana”, de Felipe Hirsch, as inscrições estão abertas até quinta-feira (10). A estreia está prevista para março. O segundo espetáculo ganha os palcos no Mirada, em meados de setembro.

A novidade é que toda esta caminhada ganhará um olhar, ou muitos olhares, com a proposta de abrir um processo criativo para a participação de artistas interessados. A partir desta segunda (7), os participantes poderão acompanhar o processo de criação das montagens durante duas semanas consecutivas.

A equipe, que tem direção artística de Daniela Thomas, segue o mesmo recorte geográfico, integrando atores brasileiros, entre eles Caco Ciocler e Guilherme Weber.

Ao final da imersão, os artistas participantes terão a oportunidade de escolher áreas específicas como direção, cenografia, figurinos ou iluminação. Tal vivência vai até a data da estreia da primeira montagem.

Logo após, serão realizadas leituras dramáticas dos textos, previamente escolhidos. Partindo de trechos, fragmentos ou parte das obras, o material selecionado construirá a dramaturgia. As leituras terminam no fim de fevereiro.

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