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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Os norte-americanos do The Killers, um dos principais nomes escalados para a noite de domingo (28) no Anhembi, chegaram ao palco da Arena Skol com três horas de atraso - a banda, escalada para tocar à 1h na versão paulistana do Tim Festival, entrou às 4h e saiu uma hora depois. Mas nem a longa espera desanimou os fãs, que acompanharam as músicas dos álbuns "Hot fuss" (2004) e "Sam's town" (2006) e ferveram ao som de hits como "Somebody told me".

Mesmo depois de mais de nove horas de maratona musical, o público ainda dançava e cantava com o grupo do vocalista Brandon Flowers, cuja sonoridade bebe na fonte dos anos 80. Mas a mistura fica ainda mais improvável quando se nota o cenário: repleto de luzes e flores, como se fosse uma igreja. Ali, do alto de seu púlpito, o cantor pregou suas canções, em um show sem surpresas – para o bem e para o mal.

Donos de um estilo mais direto, os ingleses do Arctic Monkeys fizeram a pista do Anhembi – que reuniu mais de 20 mil pessoas, segundo a organização do evento – pegar fogo. Comandado pelo vocalista e guitarrista Alex Turner, o grupo já subiu ao palco tocando "Sandtrap", seguida por "This house is a circus" e "Brianstorm" - as duas últimas do álbum "Favourite worst nightmare", lançado no início do ano e muito bem recebido pelo público do festival.Acompanhada de um naipe de sopros composto por mulheres e de uma vasta aparelhagem eletrônica, a islandesa Björk, sempre atenta à direção de arte de seus trabalhos, fez uma das melhores apresentações do domingo, oferecendo aos fãs uma verdadeira viagem visual, com direito a luzes, muitos efeitos e chuva de papel picado no final. Músicas de vários períodos de sua carreira estavam no set list, de "Earth intruders" a "Hyperballad".

Cheia de pose, Juliette Lewis garantiu bons momentos de diversão com sua banda The Licks. Conhecida por personagens amalucadas como a Mallory Knox, do filme de Oliver Stone "Assassinos por natureza", a cantora escancara o lado atriz em cima do palco e faz a festa tanto das garotas roqueiras quanto dos marmanjos. Seu som não tem nada de invencionices, mas a atitude da cantora vale o show.Os ingleses do Hot Chip garantiram a festa dos fãs de música eletrônica no festival. Pena que ao vivo a sonoridade do grupo perca um tanto das sutilezas perceptíveis em seus dois discos. Para decepção de alguns, os músicos ainda carregaram nas referências aos anos 80, com citações a New Order e muitos sintetizadores. Não precisava.Já os norte-americanos do Spank Rock garantiram bons momentos na abertura dos shows. Com dois MCs à frente e dois DJs na retaguarda, o grupo recebeu ainda um quarteto de percussionistas assim que a apresentação começou, ao som da contagiante "Backyard Betty". Apesar da ótima presença de palco dos rapazes, o show empolgaria mais se tivesse sido em um lugar menor, a exemplo da apresentação de Girl Talk na última sexta (26) no clube The Week.

A edição curitibana acontece nesta quarta-feira (31), a partir das 19 horas, com Hot Chip, Björk, Arctic Monkeys e The Killers.

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