Pesquisa do Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, da Universidade de Oxford (Inglaterra), mostra que o Brasil tem uma das proporções mais elevadas de internautas que pagam pelo acesso às notícias: 22% dos usuários da web nos centros urbanos. O país é o 3.º com mais internautas que pagam por notícias na web entre 26 países avaliados. E o estudo Digital News Report 2016, divulgado na quarta-feira (15), ressalta ainda que, “num ano em que os escândalos e os números fracos da economia tomaram as manchetes, a confiança nas notícias se manteve alta”, em 58%, 3.º lugar entre os 26.
O levantamento também mensurou o uso dos “ad blockers” (bloqueadores de anúncios): é de 21% dos internautas brasileiros que vivem em cidades. É uma das menores taxas: o Brasil ocupa o 19.º lugar entre 26 países pesquisados. E o porcentual nacional deve ser ainda menor porque o levantamento se restringe ao “Brasil urbano”, com maior acesso à internet, diferentemente de outros países, pesquisados nacionalmente.
O avanço mundial dos bloqueadores vem aumentando a pressão sobre a receita publicitária das organizações jornalísticas, que já enfrentam a concorrência de plataformas como Facebook e Google nessa área. Jornais nos Estados Unidos e na Europa passaram a adotar barreiras para estimular a desativação dos bloqueadores pelos usuários, em seus sites, como uma forma de garantir a receita publicitária.
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