A equipe econômica de Michel Temer assumiu nesta terça-feira (17) com a missão de encarar uma economia que ainda está em declínio. Ficou com eles a missão de dar várias más notícias no lugar do time de Dilma Rousseff, que não foi capaz de reverter a espiral recessiva em que se encontra o Brasil.
Entre as más notícias, estão indicadores de atividade econômica, emprego e fiscais. A tarefa de contar ao país o quanto a economia piorou neste ano começa com a revisão da meta de superávit primário e só deve terminar quando o desemprego parar de crescer. Veja as quatro grandes más notícias que a equipe de Temer terá de dar.
Rombo fiscal
Já nesta semana, a equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, terá de apresentar uma nova estimativa para o desempenho fiscal da União neste ano. Até o início de maio, a equipe de Dilma trabalhava com a possibilidade de um déficit primário (antes do pagamento dos juros da dívida), de R$ 96,6 bilhões. Esse número já foi descartado. O déficit vai ficar entre R$ 120 bilhões e R$ 150 bilhões. O ponto positivo do comunicado que será feito é que a nova equipe não vai usar o subterfúgio de apresentar uma meta artificialmente boa, da qual são descontadas receitas frustradas e investimentos. Meirelles quer um número real.
PIB
Está prevista para 1º de junho a divulgação do PIB do primeiro trimestre pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números antecedentes mostram que ele continuou em queda na comparação com o trimestre anterior e na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse número vai revelar quanto a economia ficou parada à espera de uma definição no mundo político. A nova equipe terá poucas condições de mudar o desempenho da economia no segundo trimestre e as apostas mais otimistas apontam para uma estabilização entre o terceiro e o quarto trimestres.
Impostos
Depois de avaliar os números fiscais e apresentar uma nova meta para o ano, o governo Temer terá de decidir se leva adiante a proposta apresentada por Dilma Rousseff para a criação da CPMF. A receita com o imposto está na lei orçamentária e ele daria um alívio para a lei orçamentária de 2017, elevando as chances de um equilíbrio nas contas públicas nos próximos dois anos. O problema é que a medida é extremamente impopular e caberá a Temer convencer o Congresso de que não existe alternativa. Ou pensar em uma opção menos dolorosa.
Desemprego
Essa é a má notícia que deve acompanhar o novo governo até pelo menos o começo do ano que vem. Meirelles já preparou a opinião pública ao declarar nesta semana que o desemprego pode chegar a 14% neste ano. Atualmente, ele está em 10,9%. Nesta quinta-feira (19), o IBGE divulga a taxa de desemprego no trimestre até março. É o primeiro indicador importante a sair com a nova equipe econômica já empossada.
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