A crise econômica não deve mudar os planos dos grandes empreendimentos comerciais anunciados para Curitiba no ano passado. Com inaugurações previstas para 2018, o Jockey Plaza, o Park Shopping Boulevard e o Shopping Atuba devem somar 399 mil metros quadrados (m²) de área total construída, oferecendo varejo, alimentação, serviços e lazer. Com o cenário nebuloso, os investidores preferem não fazer previsões, mas se mostram otimistas.
Projetado para ser o maior shopping da cidade, o Jockey Plaza teve alvará concedido na última semana e já deu início à preparação do terreno para execução da obra, que deve durar em torno de 30 meses e resultar em aproximadamente 200 mil metros quadrados de área construída. Investimento conjunto dos grupos Tacla, Casteval e Paysage, o empreendimento já tem cerca de 70% de sua área bruta locável comercializada, mas ainda não divulga os nomes das lojas confirmadas.
“O shopping é considerado o maior lançamento nacional do ano. A adesão tem sido muito boa e, como é um projeto para 2017, o cenário atual não tem interferido tanto”, diz o empresário Aníbal Tacla. Recentemente, uma parte do Jockey Clube foi tombada, mas, segundo o Ministério Público, não inclui o espaço do shopping, que foi locado para os próximos 30 anos.
É irresponsável tentar prever o cenário para 2018, mas temos pensado muito no mix estratégico e temos outros diferenciais, como a localização, que devem garantir o movimento, independentemente da situação.
O Park Shopping Boulevard também acaba de conseguir a emissão do alvará da prefeitura e em abril dá início ao planejamento das obras, com contratação de mão de obra e projetos complementares. Segundo o arquiteto responsável Marco Calábria, o estabelecimento, que será construído no bairro Xaxim, terá cerca de 124 mil m² de área construída e quase 300 espaços comerciais, além de salas de cinema e uma alameda de restaurantes.
A obra deve durar 30 meses, com previsão de inauguração em 2017, mas o prazo pode ser prolongado, já que, com a crise econômica, os investimentos podem acontecer de maneira mais lenta. “Como é um projeto demorado, não temos como prever o cenário. Há um ano era um bom negócio, vamos torcer para a economia melhorar e a inauguração do shopping pegar o final da crise”, diz Calábria. Segundo ele, as lojas devem ser comercializadas depois do início das obras.
Centro médico
Com previsão de abrir suas portas em 2018, o Shopping Atuba está em fase final de obtenção do alvará, que inclui a elaboração de projetos para obras necessárias no entorno do empreendimento. Segundo o empresário Felix Strobel Júnior, a comercialização das lojas foi suspensa até o início das obras, mas cerca de 20% do espaço já está reservado. “Alcançamos a meta inicial rapidamente e ainda há muitos interessados, mas vamos aguardar o alvará para seguir com as negociações”, diz.
Com 55 mil m² de área construída, além dos espaços tradicionais, o local vai abrigar um centro médico que, segundo Strobel, deve atrair clientes para as lojas e movimentar o shopping durante a manhã e o início da tarde, normalmente mais parados.