Comparativo
Confira as vantagens de cada tipo de operação para quem vai fazer compras no exterior
Cartão de crédito
- Câmbio: do fechamento da fatura
- IOF: 6,38%
- Outras taxas: em caso de saque, dependendo do caixa eletrônico (ATM)
- Aceito em: milhões de lugares, dependendo da bandeira do cartão
- Facilidades: ideal para gastos fora do programado
Cartão de débito
- Câmbio: do dia
- IOF: 0,38%
- Outras taxas: não possui - Aceito em: milhões de lugares, dependendo da bandeira do cartão
- Facilidades: ideal para quem quer ligação direta com sua conta-corrente
Cartão de débito pré-pago
- Câmbio: do dia do carregamento
- IOF: 0,38%, pago apenas no carregamento
- Outras taxas: nos saques (2,50 dólares ou euros, em média, mais eventual cobrança do banco dono do caixa eletrônico, ATM, usado). - Aceito em: milhões de lugares, dependendo da bandeira do cartão
- Facilidades: não tem taxa de inatividade e saldo não expira*
Moeda em espécie
- Câmbio: do dia da compra
- IOF: 0,38%
- Outras taxas: não possui
- Aceito em: todos os lugares
- Facilidades: maior praticidade que qualquer cartão
* oferecem ainda assistência em caso de perda de passaporte, serviços médicos etc, com canal direto de orientação.
Fontes: Banco Central, American Express, Mastercard e Visa.
No fim do mês passado, o Banco Central anunciou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras com cartão de crédito no exterior. A alíquota passou de 2,38% para 6,38%. A medida foi uma forma de limitar os gastos dos brasileiros lá fora. Segundo dados do BC, as despesas dos turistas brasileiros no exterior aumentaram 51% de 2009 para 2010, pulando de US$ 10,898 bilhões para US$ 16,422 bilhões. Com a alta do IOF, o governo também espera compensar a perda de arrecadação com a correção da tabela do Imposto de Renda, que foi de 4,5%.
Com isso, quem viaja começa a buscar novas formas de pagamento (compare nesta página), mas sem deixar o cartão de crédito de lado. "A pessoa que vai viajar já está desembolsando uma boa grana pelas passagens, então parcelar uma compra ou outra no cartão continua sendo uma vantagem, mesmo com o aumento do IOF. E tem outra: se o dólar continuar baixando e chegar a US$ 1,55, o aumento do imposto começa a ficar menos significativo", avalia o consultor de investimentos e escritor Raphael Cordeiro. Ele acredita que a alteração na alíquota seja um estímulo ao aumento da procura pelos cartões pré-pagos, ainda mais com dois novos produtos no mercado.
Produtos
Desde 1996 reinando absoluto no mercado de cartões de débito pré-pagos, o Visa Travel Money, da Visa, ganhou dois grandes concorrentes recentemente: o Amex Global Travel, da American Express, e o Mastercard Cash Passport, da Mastercard que comprou a Travelex, o maior distribuidor global de cartões pré-pagos em moeda estrangeira.
Segundo a Mastercard do Brasil, o segmento de pré-pagos está em plena expansão na América Latina, sobretudo no Brasil, representando US$ 12 bilhões em oportunidades e podendo chegar a US$ 81 bilhões em 2017. "O aumento do IOF para os cartões de crédito foi uma grande, e boa, coincidência para o produto", afirma o vice-presidente de produtos da empresa, Maurício Alves.
A American Express não abre muito suas expectativas em relação ao mercado pré-pago, mas fala em um potencial de US$ 1 bilhão com o consumo do produto. "E com a inclusão de alguns benefícios, como o American Express Select, que é o grupo de descontos da bandeira", diz a vice-presidente das Américas para produtos pré-pagos da American Express, Rose Del Col.
Vantagens
Entre as principais qualidades dos cartões pré-pagos para quem viajar está ainda a possibilidade de carregá-lo à distância. "Se você tem um filho estudando no exterior poderá carregar o cartão sempre que precisar daqui, e este processo demora no máximo 24 horas", explica o diretor da AVS Turismo e Câmbio, Samir Amied Ibrahim.
A agente de viagens Jussara Dal Negro, 29 anos, que adquiriu um pré-pago na sexta-feira, vai usá-lo como "poupança-viagem". "Ainda não decidi se quero Estados Unidos ou Argentina, pela dificuldade do visto, mas posso ir guardando." Ela pretende viajar no fim do ano que vem, mas desde já pode ir trocando suas economias nos dias de baixa cotação do dólar.
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