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Retrospecto

Americanos se destacaram entre os que mais ganharam o Nobel de Economia

Os dados acumulados ao longo dos 45 anos de história do Prêmio Nobel de Economia definiram um perfil médio do vencedor da láurea: homem, americano e com mais de 60 anos. Das 74 pessoas laureadas de 1969 a 2013, 43 eram dos EUA, apenas uma era mulher e o mais novo tinha 51 anos, abaixo da média de idade dos ganhadores, que é de 67 anos.

A liderança dos EUA no ranking de países com mais representantes diplomados é absoluta. O país é seguido no ranking pelo Reino Unido, que tem apenas quatro, número que pode subir para cinco, caso se considere Sir Arthur Lewis inglês. Lewis nasceu na Ilha de Santa Lúcia quando ela ainda pertencia à Inglaterra. Porém, a distância entre os dois países ainda seria enorme.

Outro país com quatro Prêmios Nobel é a Rússia, seguida por Canadá e Noruega empatados com três. Já França, Alemanha, Suécia e Países Baixos têm dois prêmios cada.

E, apesar de toda a proeminência da Escola Austríaca de economia, o país tem apenas um laureado, Friedrich August von Hayek. Outros países com apenas um Nobel são Chipre, Escócia, Hungria, Índia, Israel, Itália.

2009: primeira mulher

Elinor Ostrom foi professora da Universidade de IndianaEm relação à participação feminina no rol de laureados, a disparidade é ainda maior. A economista Elinor Ostrom foi a única mulher a receber o prêmio, em 2009. Ela foi agraciada por sua pesquisa que mostrou como propriedades locais podem ser gerenciadas por comunidades, sem regulação de autoridades centrais ou privatização. Elinor, que dividiu o prêmio daquele ano com o economista Oliver Williamson, morreu em 2012, vítima de câncer.

Elinor tinha 76 anos quando recebeu o prêmio, em linha com a média de idade dos contemplados na categoria. Segundo o levantamento da própria Fundação Nobel, o vencedor mais jovem do prêmio foi Keneth J. Arrow, que, aos 51 anos, dividiu o diploma de 1972 com John Hicks, na época com 68 anos. Ambos trabalharam em teorias sobre o teoria e bem-estar social.

Já o mais velho a ser condecorado foi o russo Leonid Hurwics, que tinha 90 anos quando recebeu a láurea, em 2007. Hurwics morreu menos de um ano depois de ser contemplado, em junho de 2008, ao lado de outros dois economistas, indicando que o reconhecimento pelos trabalhos costuma vir ao final de uma longa carreira dedicada a um campo específico.

Dividir a premiação, aliás, foi algo comum ao longo da história do Nobel de Economia. O levantamento da Fundação mostra que, de 1969 a 2013, 23 dos 45 laureados compartilhou o título com uma ou mais pessoas.

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