Apesar dos sinais positivos sobre o ritmo da atividade econômica, o mercado de trabalho vai piorar mais ao longo deste ano e no início de 2017 antes de ensaiar uma recuperação.
Oito analistas consultados pela Folha de S.Paulo preveem a taxa de desemprego entre 10,9% e 13% no último trimestre do ano (sem tratamento sazonal). O país terá de 11 milhões a 12,5 milhões de pessoas em busca de trabalho.
O emprego demora a reagir por alguns fatores. Parte das empresas ainda precisa reduzir o nível do estoque. E, após reduzi-lo, terá ainda de ocupar a ociosidade existente antes de contratar.
“Há custos envolvidos em contratar e demitir. E o empresário não vai contratar pessoal sem antes ter certeza da recuperação da economia”, afirma Thaís Zara, economista da Rosenberg Associados.
Cenário
Segundo cálculos do Bradesco, para absorver o crescimento da procura por emprego prevista para os próximos meses, a economia teria de estar crescendo a um ritmo anual de 2%.
“O PIB [Produto Interno Bruto] deve crescer assim só no início do ano que vem. E os efeitos desse crescimento sobre o emprego devem ser vistos só em meados de 2017”, disse Igor Velecico, economista do Bradesco.
Velecico prevê o pico do desemprego em 12,2% em meados de 2017.
Economistas consultados estimam a taxa entre 12,2% e 14%, mas divergem sobre o período do ano em que ela será atingida.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast