A Copel é a terceira empresa paranaense habilitada a participar da 12ª rodada de licitações de gás e petróleo da ANP, agência reguladora do setor. A autorização foi publicada nesta sexta-feira (1º) no Diário Oficial da União. Outras duas companhias do estado, a Tucumann Engenharia e a comercializadora de energia Tradener, haviam sido habilitadas em 25 de outubro.
As três empresas foram autorizadas a concorrer na condição de não operadoras. Por isso, só poderão fazer ofertas se estiverem associadas a uma ou mais produtoras de petróleo e gás. Até agora 26 empresas manifestaram interesse pela licitação. A ANP já habilitou 13 companhias operadoras entre elas, Petrobras, Shell e Total e cinco não operadoras. Outras sete empresas não conseguiram autorização e uma, a norueguesa Statoil, desistiu do leilão.
O objetivo da Copel é usar o gás que eventualmente for descoberto para a geração de energia elétrica. Como os blocos ofertados ficam distantes da malha de gasodutos do estado, concentrada na Região Metropolitana de Curitiba e nos Campos Gerais, inicialmente o combustível abasteceria termelétricas instaladas nas "bocas" dos poços produtores. Além disso, a Compagas, que pertence à Copel, poderá mais tarde instalar gasodutos na região produtora.
Blocos
Marcada para os dias 28 e 29 de novembro, a 12ª rodada vai leiloar 240 blocos em 12 estados brasileiros. Embora essas áreas também possam conter petróleo, o mais provável é que abriguem reservas de gás natural. Doze blocos do Paraná serão ofertados no certame, em uma área de 38 mil quilômetros quadrados que vai do Sudoeste ao Noroeste do estado, abrangendo 123 municípios.
Dependendo da área conquistada, as vencedoras terão de pagar ao Tesouro Nacional um bônus de assinatura mínimo que varia de R$ 92 mil a R$ 464 mil. Na soma dos 14 blocos, são pelo menos R$ 4,2 milhões. Quem conquistar um bloco também terá de executar um Programa Exploratório Mínimo (PEM) definido pela ANP. Os 19 blocos da Bacia do Paraná (14 no Paraná e cinco em São Paulo), exigem investimento mínimo de R$ 70 milhões.
As vencedoras das licitações serão as empresas que apresentarem as melhores propostas, dentro de uma fórmula que considera o PEM, o bônus de assinatura e o índice de conteúdo nacional nos equipamentos que serão usados na exploração.
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