A série Assassins Creed nasceu em 2007 e em pouco tempo conquistou os jogadores. A mistura de história com viagens no tempo e teorias de conspiração agradou aquele público que não se importa em passar longos minutos acompanhando cenas animadas e sem interação. Chegou ao ápice já em sua segunda versão, lançada dois anos depois, que conseguiu vender milhões de cópias com uma aventura ambientada na renascença italiana. No terceiro jogo da linhagem principal da série, recém-lançado, a eterna rixa entre "assassinos" e Templários ganha uma áurea épica, com promessas de ser o melhor e maior já feito.
O tronco narrativo de Assassins Creed III se passa em três épocas distintas. A primeira, no presente, o jogador encarna o papel de Desmond Miles, que precisa explorar os segredos de um templo místico descoberto no final do jogo anterior e encontrar uma chave especial. O objetivo maior é evitar que o mundo seja destruído em dezembro de 2012, como dizem as profecias. Utilizando o sistema Animus, Miles pode viajar pelas memórias genéticas contidas em seu DNA. E vai parar na pele de Haytham Kenway, um dos seus ancestrais que morava na Inglaterra em 1753. Kenway é designado para ir até as então colônias americanas atrás das ruínas da Primeira Civilização. Este período serve mais como um tutorial para o jogador.
Do relacionamento do inglês com uma índia nasce Connor, figura central na trama rocambolesca. É com ele que o jogador poderá passear pelos cenários baseados na guerra de independência norte-americana contra os britânicos e encontrar personagens históricos como George Washington, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson e participar de eventos importantes da história como o Grande Incêndio de Nova Iorque, que, estima-se, pode ter destruído até 25% da cidade no ano de 1776.
Das três linhas de tempo, a mais interessante é esta terceira. É ali que o jogador poderá contemplar os avanços da série. Connor continua um exímio praticante de parkour e pode escalar, pular e se embrenhar em qualquer coisa. A novidade está no ambiente selvagem, no meio das florestas, dando um alívio ao jogador que se via enfurnado na arquitetura urbana, sempre representada com maestria. O sistema de batalhas e de exploração também foi ampliado. Agora, o jogador pode caçar animais selvagens usando suas habilidades "stealth". As peles das caças podem ser trocadas por dinheiro, usado, principalmente, para comprar armas e roupas. O arsenal, aliás, é outra novidade. Estão disponíveis facas, arco-e-flecha e mosquetes.
Assassins Creed III é uma evolução tímida da série. Mantém a exploração de cenário de forma orgânica e de fácil aprendizado, mas se perde ao abusar de narrativas paralelas cujo único objetivo parece ser esconder uma história sem inspiração. Há, ainda, uma infestação de bugs gráficos que podem atrapalhar o desenvolvimento das missões.