A inflação pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) desacelerou em abril devido a menores aumentos de custos no varejo e no atacado, mas o arrefecimento foi menor que o esperado pela maioria do mercado, em razão de uma pressão na construção.
O indicador subiu 0,77 por cento em abril, ante 0,94 por cento em março, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
Analistas consultados pela Reuters esperavam leitura de 0,65 por cento, de acordo com a mediana de 15 respostas que oscilaram de 0,55 a 1,01 por cento.
O Índice de Preços por Atacado (IPA) avançou 0,72 por cento em abril, ante alta anterior de 1,07 por cento em março.
A alta do IPA agrícola caiu quase pela metade, a 1,57 por cento neste mês, contra 3 por cento no anterior. O IPA industrial teve variação positiva de 0,45 por cento, praticamente a mesma do mês anterior, de 0,46 por cento.
As maiores quedas individuais de preços no atacado foram de laranja, farelo de soja, soja em grão, açúcar cristal e mandioca.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,73 por cento em abril, contra 0,83 por cento em março.
Os custos de Alimentação avançaram 2,06 por cento, comparado a 2,24 por cento antes. Os de Transportes caíram 0,38 por cento, após subirem 0,41 por cento no mês anterior. Já os preços de Vestuário aumentaram 0,69 por cento, seguindo a queda de 0,24 por cento antes.
Os principais recuos individuais de preços no varejo foram de álcool combustível, manga, laranja lima, laranja pera e gasolina.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 1,17 por cento em abril, contra 0,45 por cento em março.
A pressão veio de ajudante especializado, servente, pedreiro, carpinteiro e engenheiro.