O primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, anunciou um pacote de 10,4 bilhões de dólares australianos (US$ 7,358 bi) em estímulos fiscais para manter o crescimento da economia em meio à crise financeira global. O reforço nos gastos do governo inclui 4,8 bilhões de dólares australianos para os aposentados e 3,9 bilhões para os assalariados de baixa renda.
O governo espera que esse dinheiro entre rapidamente em circulação, em vez de ser poupado, como provavelmente aconteceria se fosse destinado aos assalariados de renda alta. Todos os pagamentos aos aposentados serão feitos no dia 8 de dezembro. O governo também vai conceder 1,5 bilhão de dólares australianos em financiamentos para as pessoas que estiverem comprando uma casa pela primeira vez. "Esta é uma ação antecipada e decisiva", disse Rudd.
O pacote de incentivos, que equivale a cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) australiano, segue medidas semelhantes adotadas em vários países desenvolvidos, como EUA, Japão e Coréia do Sul. Segundo analistas, a liberalização fiscal vai diminuir a pressão para que o Reserve Bank of Australia (RBA, banco central australiano) afrouxe a política monetária. "Isso não significa que o RBA não terá de agir ao longo dos próximos meses, mas elimina o risco de uma série de grandes cortes nos juros, pelo menos por enquanto", disse Riki Polygenis, economista do ANZ Bank. A Bolsa de Sydney reagiu bem ao pacote e o índice S&P/ASX 200 chegou a subir 5,1%. À 1h48 (de Brasília), apresentava alta de 3,1%.
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