Bancários de 12 agências do bairro Portão, em Curitiba, realizaram uma paralisação até 11h15 desta segunda-feira (22), mantendo apenas o auto-atendimento à disposição dos clientes durante o período. As agências que fecharam nesta manhã são dos bancos Safra, HSBC, Real, Banco do Brasil, Caixa, Santander, duas do Itaú, duas do Bradesco e duas do Unibanco (confira a lista de unidades afetadas ao lado).
O protesto estava previsto para acontecer até o meio-dia, mas, após a realização de uma assembléia, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região decidiu finalizar as manifestações cerca de 45 minutos antes. O ato foi contra o que o sindicato considera retrocessos nas negociações da campanha salarial, que acontecem entre a Federação Nacional dos Bancos (Febraban) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), entidade de congrega os sindicatos dos bancários.
"Na última semana (dias 16 e 17 de setembro), a Federação Nacional dos Bancos além de não trazer propostas para as cláusulas econômicas, negou algumas das mais importantes reivindicações presentes na minuta, como maior segurança bancária, Plano de Cargos e Salários, fim das metas abusivas, auxílio-educação e ampliação da licença-maternidade e propôs a redução de direitos", diz nota enviada pelo sindicato. "Os banqueiros querem diminuir o auxílio-creche, a estabilidade pré-aposentadoria e o vale-transporte, direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho".
Ainda segundo o sindicato, os protestos ocorrem em todo o país. Em Curitiba, os bancários realizaram três manifestações na semana passada, retardando o início do expediente duas vezes na agência do Unibanco, no Centro, e uma vez na unidade do HSBC, no Alto da XV.
Entre as principais reivindicações, eles pedem reajuste de 13,23% (5% de aumento real, mais 8,23% de reposição da inflação no período); aumento progressivo do piso salarial, em três anos, até R$ 2.074; participação nos lucros e resultados; aumento nas contratações; plano de cargos e salários em todos os bancos; e mais segurança nas agências.
A reportagem entrou contato com a Febraban, para que a entidade comentasse as reivindicações, mas não houve retorno.