Adesão à greve dos Correios em Maringá chega a 65%
O segundo dia da greve dos Correios começou com adesão de aproximadamente 65% dos servidores em Maringá. O balanço foi divulgado na manhã desta quinta-feira (19) pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR).
No Município, os Correios contam com cerca de 300 funcionários. De acordo com a secretária de organização sindical de base do Sintcom-PR, Maria Izabel Peliçon, a maior parte dos funcionários que cruzaram os braços é formada por carteiros.
Ainda segundo a representante sindical, todas as agências em Maringá estão abertas, mas os serviços estão comprometidos. "As postagens e retiradas de documentos estão ocorrendo, mas as entregas não serão efetuadas", explicou.
Bancários de Maringá e de outros municípios da região entraram em greve nesta quinta-feira (19). A paralisação foi decidida no último dia 12, em assembleia realizada pelo sindicato da categoria. Na ocasião, os bancários recusaram a proposta de 6,1% de reajuste salarial oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, Claudecir de Oliveira Souza, cerca de 90% das agências de Maringá estavam fechadas por volta das 11h50. A paralisação também atinge bancos em Sarandi, Marialva, Mandaguari, Mandaguaçu, Astorga e Itambé. "A adesão dos bancários foi muito grande. Somente em algumas pequenas cidades ainda não foi possível fazer a paralisação", explicou.
Souza explicou que, a princípio, os caixas eletrônicos funcionarão normalmente para atender aposentados, pensionistas e quem precisa fazer pequenos saques.
Nos 20 municípios que integram o sindicato, existem 136 agências, 63 em Maringá, que também conta com 26 Postos de Atendimento Bancário (PABs). Cerca de 1,9 mil bancários atuam na região, 1.450 em Maringá. As cooperativas de crédito como Sicoob e Sicredi não fazem parte da paralisação.
Nesta quinta, a equipe do setor de fiscalização do Procon estará visitando a rede bancária de Maringá. O objetivo é fiscalizar a manutenção dos serviços essenciais aos consumidores pelos bancos.
Reivindicações
Entre as reivindicações dos bancários está o aumento de 11,93% nos salários (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%); maior participação sobre lucros e resultados; fim das metas abusivas - exigências de mínimo de venda de produtos do banco pelos funcionários; e fim do processo de terceirização nas agências.
Eles também buscam um piso salarial de R$ 2.860,21, valor calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como o mínimo para que o trabalhador possa pagar despesas básicas.
Consumidores têm de buscar alternativas para pagar contas
A paralisação não isenta o consumidor de pagar as contas dentro do prazo estipulado pelo credor. Para evitar eventuais encargos, como multas e juros pelo não pagamento da dívida em dia, a primeira atitude é ligar para a agência na qual possui conta para saber se aderiu à greve. Caso tenha aderido, procure saber se outra agência está operando.
Caso não seja possível utilizar uma agência bancária, a solução é procurar, o quanto antes, o credor e solicitar outra opção de local para efetuar o pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, entre outros.
A greve não afeta o funcionamento dos caixas eletrônicos das instituições financeiras. O pagamento de contas de serviços públicos, como água, luz e telefone, pode ser feito em casas lotéricas e em alguns supermercados.
Comprovantes
O cliente deve guardar os comprovantes, tanto os que indicam que ele buscou o credor para solicitar outra forma de pagamento, quando os comprovantes de pagamento feitos por outros canais, como internet e telefone. "No caso da internet, o comprovante pode ser impresso. Pelo telefone, o consumidor deve anotar o número do protocolo", diz o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec).
Contas em atraso
Para quem tem conta como luz, água, telefone e gás em atraso, a orientação é fazer o pagamento normalmente pelos canais alternativos do banco (internet, telefone, corresponde bancário). As próprias concessionárias de serviço público costumam inserir os juros e as multas na conta do mês seguinte.
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