O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na sétima rodada de negociação, realizada nesta quarta-feira (24) pela manhã. A Fenaban apresentou proposta de reajuste salarial de 7 5% sobre os salários e verbas salariais. O Comando Nacional orientou os sindicatos a realizarem assembléias até o dia 29 para rejeitar a proposta e aprovar uma greve de 24 horas no dia 30 de setembro.
A categoria defende um reajuste de 13,23%, que corresponde à inflação e a um aumento real de 5%; vale-alimentação e auxílio-creche de R$ 415 e vale-refeição de R$ 17,50 por dia. Os bancários reivindicam também uma participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários, mais um valor fixo de R$ 3.500, sem teto nem limitador.
"Deixamos claro que a proposta (da Fenaban) é inaceitável para os bancários porque está muito distante das reivindicações da categoria e não condiz com os resultados extraordinários dos bancos nem com as propostas que outros setores empresariais, menos rentáveis que os bancos, estão fazendo a seus trabalhadores", disse o presidente da Contraf/CUT e coordenador do Comando Nacional, Vagner Freitas.
Entre as propostas dos bancários está a simplificação da PLR. "Queríamos que a PLR fosse calculada sobre o rendimento do ano todo, mas os bancos mantiveram na proposta a fórmula que considera apenas o segundo semestre", disse Freitas. Ele teme que o lucro do segundo semestre diminua o valor da PLR. Segundo ele, a negociação da PLR vai ser mais difícil que a do reajuste, porque envolve mudança de fórmula.
A categoria também defende uma valorização do piso acima do reajuste concedido ao conjunto dos trabalhadores. "Os pisos e os vales alimentação têm de ter um maior aumento", disse. Freitas adiantou que os bancários farão paralisações e manifestações amanhã, no Dia Nacional de Luta.
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