A zona do euro conseguiu na madrugada desta quinta-feira (27) com os bancos credores uma redução de 50% na dívida da Grécia, eliminando o último obstáculo para um ambicioso plano de resposta à crise da dívida, confirmou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em Bruxelas.
O líder francês estimou que a dívida grega terá um alívio de 100 bilhões de euros após a aceitação, pela maior parte dos bancos, de uma redução superior a 50% do valor dos títulos da dívida.
Esta decisão "representa um esforço de cerca de 100 bilhões de euros", disse Sarkozy ao final da cúpula europeia, que permitiu alcançar um amplo acordo para se enfrentar a crise da dívida.
"Os credores privados farão um esforço voluntário de 50%", e esta solução evitará que a Grécia entre em 'default'.
Segundo o presidente francês, o esforço será similar para todos os bancos credores, tanto gregos como estrangeiros. "Estão previstas condições iguais para todos os bancos".
Sarkozy revelou que ele e a chefe de governo alemã, Angela Merkel, estiveram "em contato com representantes dos banqueiros não para negociar, mas para informá-los das decisões dos dezessete" países da zona do euro. Os banqueiros "refletiram e concordaram".
A questão da dívida grega era o último grande obstáculo para a elaboração de uma resposta visando impedir o contágio da crise a países da zona do euro com economias maiores.
Sarkozy informou ainda que os líderes europeus acertaram o aumento da capacidade de resposta do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) para 1 trilhão de euros, ao final de mais de dez horas de reunião na capital belga.
Dotado atualmente de 440 bilhões de euros, o Fundo é insuficiente para socorrer um país como a Itália, terceira economia da Eurozona.
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