O Banco Central informou que, em reunião realizada nesta quarta-feira (18), a diretoria colegiada da instituição aprovou a fusão entre o Itaú e Unibanco, ocorrida em novembro do ano passado, processo que criou a maior instituição financeira do Hemisfério Sul.

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"O Banco Central concluiu em sua análise que a associação entre os dois conglomerados apresenta características sistemicamente importantes, uma vez que envolve duas instituições de grande porte, com ampla atuação no território nacional e presença em todos os mercados de produtos financeiros no atacado e varejo. Trata-se de iniciativa que contribui para a solidez do sistema financeiro nacional na atual conjuntura do mercado financeiro internacional", informou a instituição.

Tarifas O BC informou ainda que o novo conglomerado se comprometerá a adotar a menor tarifa praticada por uma das duas instituições vigentes em 2 de janeiro deste ano. "A instituição terá 15 dias para adotar o procedimento que deverá ser mantido por um ano", informou o BC.

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Cumprido o prazo inicial de um ano, informou o BC, se houver necessidade de aumento nos valores das tarifas nos cinco anos subseqüentes, esse reajuste só poderá ocorrer naquelas que se encontrarem com valor inferior à média das tarifas cobradas pelos cinco maiores bancos - não podendo superar jamais essa média.

"As pessoas jurídicas do conglomerado também se beneficiarão das menores tarifas praticadas por um dos bancos", informou a autoridade monetária.

Análise do BC

O BC informou que associação foi analisada sob dois aspectos: societário e de concentração no sistema financeiro nacional. Sob o aspecto societário, informou a instituição, concluiu-se que a iniciativa enquadra-se na estratégia de longo prazo de ambas as instituições, na condição de empresas com vasta experiência no sistema financeiro nacional e de projeção internacional.

Concorrência Sob a ótica da concentração no sistema financeiro nacional, o Banco Central concluiu também que a operação "não acarreta prejuízos à concorrência", a despeito de elevar o poder de mercado do novo conglomerado em alguns mercados relevantes de produtos financeiros.

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"Em face dessa nova posição do conglomerado Itaú Unibanco no sistema financeiro nacional e dos ganhos de eficiência gerados pela operação, o Banco Central decidiu vincular a sua aprovação à observância de compromissos de desempenho no sentido de compartilhar tais ganhos com a sociedade. Essa decisão está em linha com metodologia utilizada por agências antitruste no País e no exterior", informou a autoridade monetária.