BC reduz projeção de crescimento da economia neste ano

O Banco Central (BC) reduziu a estimativa para o crescimento da economia este ano

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O Banco Central prevê que a inflação ficará acima do centro da meta (4,5%) durante todo o governo Dilma Rousseff. As previsões foram divulgadas nesta quinta-feira (20), no relatório trimestral de inflação.

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Segundo o documento, o IPCA (índice de preços do IBGE que serve de referência ao BC) deve fechar o ano em 5,7%, acima do nível projetado há três meses, de 5,2%.

A meta de inflação fixada pelo governo é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais tanto para cima como para baixo. No ano passado, o índice ficou em 6,5%, teto da meta do governo.

O motivo da alta da projeção para 2012, segundo o BC, foi o aumento nos preços de algumas commodities (insumos básicos negociados internacionalmente), fenômeno que já perdeu fôlego.

2013 e 2014

O BC trabalha sempre com dois cenários -um de referência, que considera que a taxa de juros (Selic) e câmbio permanecerão constantes, e outro de mercado, que incorpora nos cálculos as projeções de economistas de mercado para essas duas variáveis. Em ambos os casos, a inflação projetada fica em 5,7% neste ano e acima de 4,5% até 2014.

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No cenário de referência, "a projeção parte de 5,7% no primeiro trimestre de 2013, e se desloca para 5,5%, 4,9% e 4,8% no segundo, terceiro e quarto trimestre, respectivamente.

Para 2014, a projeção se situa em 5,1% no primeiro e segundo trimestre, e recua para 5,0% e 4,9% no terceiro e quarto trimestre, respectivamente", destaca o documento do BC.

Já no cenário de mercado, a projeção também permanece em 5,7% no primeiro trimestre, recuando para 5,6% no segundo trimestre e para 4,9% no terceiro e encerrando o ano nesse patamar. "Em 2014, a projeção parte de 5,2% no primeiro trimestre e recua para 5,1%, 5,0% e 4,8% no segundo, terceiro e quarto trimestre, respectivamente", aponta o relatório.

Superávit primário

O Banco Central informou que suas projeções consideram a geração de superávit primário em torno de 3,10% do Produto Interno Bruto(PIB) em 2012, com ajustes. Também trabalha com superávit primário de aproximadamente 3,10% do Produto Interno Bruto (PIB) sem ajustes, em 2013, conforme parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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Para 2014, o BC admite, como hipótese de trabalho, a geração de superávit primário de cerca de 3,10% do PIB, sem ajustes. Todas essas hipóteses para o resultado fiscal do setor público são as mesmas utilizadas na última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no último dia 6.