O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgará esta semana ao mercado detalhes operacionais do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI) O fundo tem por objetivo aumentar a participação das pequenas empresas nos desembolsos do banco por meio da garantia aos agentes repassadores de crédito de até 80% do valor total financiado.
Pelas regras do BNDES, o banco só assume o risco de inadimplência em transações que realiza diretamente com os clientes, aquelas acima de R$ 10 milhões. Em operações abaixo deste montante, apear dos recursos serem oriundos do BNDES, o risco é do agente repassador. "Para reduzir os riscos, estes agentes poderão se tornar cotistas do FGI. Caso ocorra algum problema, até 80% do valor emprestado está garantido", explica o chefe do Departamento da Área de Crédito do BNDES, Marcelo Cardoso.
De acordo com ele, a expectativa é de que o FGI esteja em plena operação em 30 dias. "Já fomos procurados por mais de 10 instituições financeiras interessadas em ser cotista do fundo. Com o detalhamento que será dado esta semana, acreditamos que surgirão ainda mais interessados", avalia ele.
A entrada dos agentes financeiros no FGI se dará por meio de depósito com quantia equivalente a 0,5% do valor que pretende ter assegurado na transação de crédito. O primeiro cotista será o Tesouro Nacional, que destinará R$ 538 milhões ao fundo. Outros R$ 100 milhões serão desembolsados pelo próprio BNDES.
Cardoso explica que o FGI poderá ter alavancagem de até 12 vezes o seu patrimônio. "Se levarmos em conta os R$ 638 milhões e o teto de 80% de aval, chegamos a uma garantia inicial de mais de R$ 9 bilhões. Acreditamos que esta quantia seja suficiente para as operações deste ano", acrescenta ele. O BNDES será o administrado do fundo.
O chefe de departamento acrescentou que o próximo passo da formação do FGI ocorrerá na semana que vem, quando será divulgada uma circular com as exigências para que os agentes interessados se habilitem como cotistas.
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