A Bolsa brasileira quebrou uma sequência de quatro altas e fechou em baixa nesta quarta-feira (8) em um dia em que os investidores aproveitaram os preços mais elevados das ações para vendê-las e, assim, embolsar ganhos. No mercado cambial, o dólar foi influenciado pela divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que não trouxe indícios sobre quando a autoridade monetária começará a aumentar a taxa de juros.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa, fechou em baixa de 0,66%, a 57.058 pontos."O Brasil está como que dentro de uma bolha. Os investidores têm negociado de forma distinta aqui do que nos demais mercados globais por causa do processo eleitoral", afirma Roberto Indech, analista da corretora Rico.
De acordo com ele, o dia foi marcado por uma correção após as altas verificadas nos últimos pregões. "Houve um ajuste técnico da Bolsa, com expectativas pelas pesquisas do Ibope e do Datafolha, que saem nesta quinta-feira [9], e também pelo comentário da Moody's de que as perspectivas de rebaixamento da nota de crédito do país independem de quem vencer as eleições", afirma.
Em nota, a agência de classificação de risco afirmou que o "principal desafio do próximo governo será suavizar as preocupações dos investidores ao garantir que o 'status quo' não será mantido"."A posição de crédito do país vai depender não de quem será eleito presidente, mas do sucesso das políticas do próximo governo em reverter a deterioração que tem sido observada nas métricas econômicas, fiscal e de dívida", completou a agência.
No cenário doméstico, a inflação medida pelo IPCA (índice oficial) acelerou pelo segundo mês seguido e ficou em 0,57% em setembro. O indicador havia sido de 0,25% em agosto, superior à quase estabilidade da inflação em julho (0,01%)."O número veio pior que o esperado e acima do teto da meta. Já se esperava um numero ruim, mas o resultado foi pior", afirma Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.
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