O principal índice da Bolsa brasileira disparou 5% nesta sexta-feira (21) e fechou sua melhor semana em mais de cinco anos, após a imprensa antecipar que a presidente Dilma vai anunciar Joaquim Levy como novo ministro da Fazenda e Nelson Barbosa como titular do Planejamento. O dólar voltou para a casa de R$ 2,51.

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Analistas e economistas ouvidos pela reportagem disseram que essa composição traz nomes mais próximos ao mercado e que a boa repercussão da Bolsa e do câmbio no dia é um sinal de aposta dos investidores no resgate da credibilidade do governo.

O anúncio oficial da nova equipe econômica era esperado para esta sexta-feira, mas não deve ocorrer, segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência, que não especificou nova data.

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O Ibovespa subiu 5,02% no dia, para 56.084 pontos. O volume financeiro foi de R$ 12,359 bilhões, bem acima da média diária em novembro, de R$ 6,471 bilhões, segundo dados da BM&FBovespa.

Na semana, o índice teve valorização de 8,33%, melhor desempenho semanal desde o período entre 4 e 8 de maio de 2009, quando acumulou ganho de 8,68%.

Equipe econômica

"Com um time desse, vão acabar as margens de especulação de que quem manda na política econômica é a Dilma. São pessoas respeitadas pelo mercado. É um recado claro de que as coisas vão mudar nos próximos quatro anos de governo. Eles têm uma política mais ortodoxa. Levy fez um trabalho importante no Tesouro durante governo Lula", diz João Pedro Brügger, analista da Leme Investimentos.

Para Brügger, Levy é um nome que está na frente de Barbosa em preferência do mercado para comandar a Fazenda, depois do nome do ex-presidente do BC Henrique Meirelles. "O discurso dele é que tem que focar no controle fiscal. Já Trabuco [presidente do Bradesco que recusou assumir o cargo] poderia ceder um pouco mais às possíveis vontades da presidente. Ele é mais político", afirma. "Barbosa tem um viés mais desenvolvimentista, por isso é bom estar no Planejamento."

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A avaliação é que o mercado financeiro vai receber positivamente a nova equipe econômica, caso se confirmem os nomes citados, mas que o desempenho da Bolsa e do câmbio no médio prazo vai depender das ações que serão tomadas quando os cargos forem assumidos e os resultados dessas medidas.

"O próprio PT [partido da presidente Dilma] está preocupado com 2018 e sabe que tem que fazer o dever de casa para não perder as próximas eleições", completa Brügger.