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Bolsas fecham em alta após eleições em França e Grécia

As principais bolsas europeias fecharam esta segunda-feira (7) em alta, reagindo positivamente às eleições de domingo, com os partidos extremistas ganhando força na Grécia e com a vitória do socialista François Hollande na presidência francesa, o que pode forçar uma mudança na política de austeridade europeia promovida pela Alemanha para tirar a região da crise.

O destaque de alta foi o índice Ibex 35 da Bolsa de Madri, que fechou em alta de 2,72%, a 7.063,2 pontos, puxado por ações de bancos, que reagiram ao anúncio de um estímulo governamental ao setor.

O maior banco da Espanha, o Santander, ganhou 4,7%, a 4,9 euros, enquanto que seu principal competidor, BBVA, subia 5,37%, a 5,295 pontos. O CaixaBank, terceira entidade bancária do país, subiu 2,73%, a 2,555 euros.

Já o CAC 40 da Bolsa de Paris terminou a sessão com ganho de 1,65%, após abrir em queda, fechando aos 3.214,22 pontos.

O DAX da Bolsa de Frankfurt, que chegou a perder mais de 2% no início da sessão, terminou com ganho de 0,12%, aos 6.569,48 pontos.Na Bolsa de Milão, o FTSE MIB ganhou 2,56% e fechou aos 14.275,35 pontos. A Bolsa de Londres esteve fechada nesta segunda-feira devido a um feriado nacional.

Para Alain Gaudry, analista de Deutsche Bank a preocupação sobre a Europa se concentra sobre a Grécia e não sobre a chegada dos socialistas ao poder na França, que já havia sido antecipada pelos mercados.

Prova disso foram os juros em queda pagos pela emissão de bônus da dívida francesa no mercado nesta segunda-feira.

Também a agência de classificação financeira Standard and Poor's, que retirou da França sua nota máxima, triplo A, disse que a eleição de Hollande não "tem impacto imediato" na nota do país ou em sua perspectiva de evolução.

"Hollande não deveria por em dúvida o tratado europeu sobre a estabilidade financeira, mas sim incluir um capítulo sobre o crescimento, que é um ponto desejado por muitos na Europa", explica Philippe Waechter, diretor da Natixis AM.

Durante muito tempo reticente, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse finalmente que receberá Hollande de braços abertos e o ministro de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, prometeu trabalhar em um pacto de crescimento, uma das principais reivindicações de Hollande durante sua campanha eleitoral.

A Alemanha, no entanto, impôs suas condições ao novo presidente eleito e excluiu qualquer renegociação do Pacto de Estabilidade europeu e qualquer iniciativa de "crescimento com déficits".

"O risco de uma grave ruptura entre Alemanha e França parece bastante reduzido", disse Holger Schmieding, do banco Berenberg.

Para os analistas do National Australia Bank, a vitória de Hollande não é uma surpresa, mas prova que os presidentes que aplicaram a austeridade da União Europeia têm dificultades para se reeleger.

Com esse cenário de incerteza na Europa e dados ruins sobre empregos nos Estados Unidos, os preços dos contratos futuros de petróleo mantiveram sua trajetória de baixa iniciada na semana passada e fecharam em queda em Nova York nesta segunda-feira.

O barril de "light sweet crude" para entrega em junho fechou em queda de 55 centavos com relação ao fechamento da última sessão, cotado a 97,94 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex).

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