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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu novamente as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) das diversas economias mundiais em relação às projeções feitas pela instituição em novembro de 2008, um mês depois de seu encontro anual. A previsão para o crescimento do PIB mundial em 2009 foi revista de 2,2% para 0,5%. A projeção para o Brasil foi cortada de um crescimento de 3% para 1,8%, mas ainda acima da alta média mundial, assim como nos relatórios anteriores do Fundo. "Estes são tempos difíceis", reconhece o diretor-adjunto do Departamento de Pesquisa do FMI, Charles Collyns.

A projeção para o crescimento do PIB do mundo neste ano "é a menor desde a 2ª Guerra", de acordo com a divulgação na revisão do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), nesta quarta-feira (28).

Para 2010, o FMI vê retomada gradual do crescimento mundial para 3%, taxa 0,8 ponto porcentual mais baixa do que a projetada no relatório anterior, mas adverte que uma recuperação sustentada só será possível com restauração do sistema financeiro e desbloqueio dos mercados de crédito. Também em 2010, o Brasil deve continuar com taxa de crescimento superior à do mundo, uma vez que o FMI prevê alta do PIB em 3,5%.

As economias avançadas estão registrando a pior recessão desde a 2ª Guerra Mundial, diz o FMI ao rever para baixo a projeção para o PIB destas economias de -0,3% para -2% em 2009. Para o ano que vem, as economias avançadas como um todo devem crescer 1,1%.

O Fundo revisou a projeção de PIB dos Estados Unidos de -0,7% para -1,6% em 2009. Para 2010, a expectativa é que o país cresça 1,6%. O PIB da zona do euro é projetado em -2% ante -0,5% em 2009. Para 2010, o número previsto é 0,2%.

A Alemanha teve a projeção reduzida de -0,8% para -2,5% em 2009. Para o ano seguinte, a projeção é de expansão do PIB de 0,1%. A previsão do PIB do Japão foi reduzida de -0,2% para -2,6% neste ano. Para 2010, a expectativa é que o país cresça 0,6%. O Reino Unido teve a projeção revista de -1,3% para -2,8% em 2009. Para o próximo ano, o FMI prevê alta do PIB de 0,2%.

Novamente, as únicas economias da América Latina com projeções abertas no WEO foram Brasil e México. Para o México, a projeção de PIB foi reduzida de 0,9% para -0,3% neste ano. Para 2010, o país deve crescer 2,1%. A estimativa para o restante da região está compreendida na previsão para o chamado Hemisfério Ocidental, cuja projeção foi rebaixada de 2,5% para 1,1% em 2009. Para 2010, o PIB é estimado em 3,0%.

Para as economias emergentes como um todo, o FMI cortou a projeção de PIB de 5,1% para 3,3% em 2009. Para 2010, o crescimento destas economia é estimado em 5,0%. A previsão para a expansão do PIB chinês foi reduzida de 8,5% para 6,7% em 2009 e é de 8,0% em 2010. A taxa de crescimento da Índia foi cortada de 6,3% para 5,1% em 2009 e é projetada em 6,5% em 2010.

Para o cálculo destas projeções, o FMI utilizou projeção do petróleo em US$ 50 por barril em 2009, abaixo da projeção anterior de US$ 68. Para 2010, o preço estimado é de US$ 60. "O risco para estas projeções é de baixa", reconhece o FMI.

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