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Cautela predomina e Bovespa cai antes de agenda farta

Cauteloso na primeira sessão de uma semana farta em importantes indicadores econômicos no Brasil e no exterior, o investidor preferiu vender ações, levando a Bovespa à segunda sessão no vermelho.

Pressionado sobretudo pelas ações do setor de metais, o Ibovespa recuou 0,8 por cento, aos 61.182 pontos. Outra evidência da postura defensiva dos investidores, o giro financeiro do pregão somou apenas 4,95 bilhões de reais, abaixo da média diária recente.

À espera de dados como vendas no varejo, um índice de confiança do consumidor e do Livro Bege, sumário da economia nos EUA; e do PIB do primeiro trimestre e da taxa de juros no Brasil, que saem ao longo da semana, o mercado preferiu posições mais defensivas.

Diante desse cenário mais arisco, as notícias envolvendo a crise fiscal da Europa avivaram o conservadorismo do mercado. O governo da Hungria prometeu reduzir os gastos como parte do esforço para evitar uma crise no estilo da Grécia. A Alemanha aprovou um pacote de corte de despesas públicas de até 80 bilhões de euros até 2014.

"Essas coisas estão ampliando aversão a risco", disse o sócio da M2 Investimentos Luiz Gustavo Medina.

Os principais índices acionários de Wall Street, a exemplo do que acontecera mais cedo na Europa, fecharam mais um dia no vermelho, mesmo caminho assumido pelas commodities.

Na bolsa paulista, pela segunda sessão seguida o setor de siderurgia e mineração foi o que mais pesou no Ibovespa, na esteira da crescente avaliação de que as empresas do setor estarão entre as mais afetadas num cenário em que o extensão da crise europeia impacte a retomada econômica global.

O papel preferencial da Vale tombou 2,6 por cento, a 39,83 reais.

As siderúrgicas, também refletindo o temor de que o governo brasileiro baixe as tarifas de importação do aço, caíram ainda mais. O papel preferencial da Usiminas perdeu 4,5 por cento, a 41,91 reais. Gerdau recuou 3 por cento, para 23,30 reais.

Mais uma vez, a queda do índice foi amortecida por Petrobras, cuja ação preferencial avançou 0,9 por cento, para 29,52 reais, mesmo com o petróleo em baixa. Na quarta-feira o Senado deve votar o projeto que regulamenta a exploração de petróleo na camada do pré-sal.

Fora do Ibovespa, Lupatech subiu 2,6 por cento, a 21,40 reais, após a companhia anunciar a assinatura de um contrato de 779 milhões de dólares para prestação de serviços marítimos à Petrobras num período de cinco anos.

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