A PT Portugal, líder em telecomunicações em Portugal e controlada pela brasileira Oi, tem de tornar a sua estrutura de custos mais competitiva e diminuir seu elevado número de gestores, afirmou o presidente-executivo da companhia, Armando Almeida.
"Achamos que a empresa tem gestores a mais, precisa ser muito mais enxuta. Precisamos trabalhar essa área", afirmou o executivo em um jantar-debate organizado pela Associação Portuguesa das Comunicações (APDC).
Questionado sobre quantos colaboradores a PT Portugal deveria cortar, Almeida respondeu: "estamos passando por uma fase de possível venda, temos de ser muito cuidadosos, é parte das regras deste jogo".
A Oi tinha duas propostas em cima da mesa para vender a PT Portugal, que gere os ativos portugueses de telecomunicações, tendo avançado para negociações exclusivas com a francesa Altice, que ofereceu 7,4 bilhões de euros.
Esta oferta superou a proposta de 7,075 bilhões de euros feita pelo consórcio dos fundos de investimento Apax e Bain com o conglomerado português Semapa.
"A PT Portugal não tem uma estrutura de custos que seja competitiva e precisamos que seja mais competitiva", afirmou Armando Almeida.
Segundo o executivo, 11 mil pessoas trabalham atualmente na companhia, 5 mil colaboradores estão suspensos ou em pré-aposentadoria e 16 mil trabalham terceirizados.
Almeida reconheceu que há alguma preocupação dos funcionários com a atual incerteza e reconhecimento de que a atual estrutura de custos é elevada, o que será resolvido quando a empresa esclarecer o seu futuro.