Aos poucos, a política econômica volta a ganhar plenamente a “cara” da presidente Dilma Rousseff, para quem a fórmula de dar estímulos ao crescimento é o caminho para o desenvolvimento do país. A troca no Ministério da Fazenda é apenas a forma de o governo assumir que nunca quis de fato uma política que partisse da arrumação fiscal e das reformas propostas por Joaquim Levy.
O ciclo recessivo não chegou ao fim. A confiança das empresas vai continuar baixa, influenciada pelo processo errático do impeachment. Até a decisão sobre o processo, teremos uma espécie de gestão-tampão com Nelson Barbosa, sem garantia de que ele poderá olhar para o longo prazo e com a cobrança de Dilma para que haja alguma melhora antes de a inflação e o desemprego se tornarem motivo de protestos por sua saída. Não é um cenário muito promissor, a não ser que o governo acelere medidas que não dependem do Congresso.
Levy pode não entregar o cargo com bons números para mostrar, mas pelo menos vinha articulando propostas com potencial de arrumar o país no médio prazo. Retirar subsídios e desonerações, desatar o nó das pedaladas e costurar propostas de reforma tributária são coisas necessárias para o país.Várias delas podem não prosseguir com Barbosa.
Lei do Bem
A Medida Provisória 694/2015, que retira benefícios previstos na Lei do Bem, tramita no Congresso e preocupa instituições de pesquisa e aceleradoras no Paraná. Vários projetos em parceria com a iniciativa privada eram custeados com desonerações fiscais previstas na lei e que podem deixar de valer se a medida for aprovada como quer o governo. Para essas instituições, recompor as fontes de financiamento pode levar bastante tempo.
Indústria
A indústria brasileira deve fechar o ano com sua maior queda dos últimos anos. Em novembro, o indicador de atividade da CNI foi o menor desde 2010, quando começou a série histórica da pesquisa. Foram cinco anos seguidos de queda crescente no indicador para o mês. A utilização da capacidade instalada do setor foi de 66% em novembro, sete pontos percentuais abaixo do registrado em 2014.
Em alta
O Fed puxou o gatilho e elevou os juros, colocando fim à política de juros zero. A decisão deve tornar o dinheiro mais caro para todos no mercado externo.
Em baixa
O novo governo da Argentina deu o primeiro passo para reintroduzir o país na economia global ao reduzir barreiras à importação e impostos para a exportação.
Ecopetrol
A maldição do petróleo não é exclusividade brasileira. A colombiana Ecopetrol, que por algum tempo se tornou a maior empresa da América Latina, não vem conseguindo cumprir suas metas de produção. Seu valor de mercado caiu mais de 50% em um ano porque a empresa vem frustrando a expectativa de que encontraria mais petróleo em seus campos - a projeção para este ano caiu de 1 milhão de barris por dia para 760 mil barris.
Guarapuava
Foram iniciadas na última semana as obras de construção do Shopping Cidade dos Lagos, em Guarapuava. O empreendimento é uma associação da Cilla com o grupo Rotesma, dono do Shopping Pátio Chapecó. O empreendimento terá 112 lojas e 40 mil metros quadrados de área construída e ficará perto do campus da UTFPR, área em que há um grande complexo imobiliário com vários projetos confirmados.
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