Não é novidade pra ninguém que saber trabalhar em equipe é uma capacidade admirada pela maioria dos gestores de hoje. Muito melhor ter um time integrado, que se relacione adequadamente, compartilhe ideias, possua objetivos comuns e trabalhe com uma única intenção: a de crescer junto com a empresa. Fico preocupado com os profissionais que não possuem essa habilidade. A chance de eles progredirem é infinitamente menor que a de um indivíduo que consegue trabalhar em equipe.
O individualismo pode ser causado por infinitas situações, desde timidez, passando por dificuldade em dividir tarefas e responsabilidades, chegando à ambição de querer abraçar o mundo sozinho. A crescente competitividade do mundo dos negócios é um dos fatores que influenciam essa característica. As pessoas estão cada vez mais enfurnadas em suas vidas, pensando nas possibilidades que possuem para crescer profissionalmente. Com isso, tentam, a todo custo, puxar o tapete dos colegas, sem pensar que fazendo isso, boicotam a si próprios.
Pessoas assim, normalmente, têm dificuldade em se subordinar a alguém. Não aceitam ordens e preferem definir seus próprios escopos de trabalho, o que, na maioria das vezes, não é possível. Também não conseguem se relacionar muito bem fora do ambiente profissional, pois conquistam uma legião de desafetos onde passam, dentro e fora do escritório. Para eles, quanto mais sozinhos ficarem, melhor. E, alguns deles, realmente conseguem mostrar melhores resultados quando trabalham sozinhos, mas esses são as exceções.
Já o indivíduo que possui espírito de equipe, entende que o coletivismo é fundamental em uma organização. São pessoas naturalmente mais solidárias e não negam informações ou ajuda a quem lhes pede algum auxílio.
Sei que não é tão simples conviver com pessoas diferentes, que nem sempre vivem nosso mesmo estilo de vida, mas que nos são impostas por causa da rotina do trabalho. Mas há algumas questões que devem ser consideradas. Nem sempre podemos conviver com o que é do nosso agrado, mas, muitas vezes, temos de nos obrigar a tentar agir de certa forma para evitar sermos hostilizados pela sociedade. É como não poder andar nu na rua. É um código de ética que, se quebrado, torna-nos incapazes do convívio social. O meio corporativo também possui uma política da boa vizinhança, que deve ser seguido para conseguir se desenvolver profissionalmente.
Como exemplo disso, posso citar a capacidade de lidar com conflitos. Ora, como falei anteriormente, dentro de uma empresa há pessoas diferentes e conflitos são comuns. Porém, um bom profissional consegue enfrentar uma adversidade sem se abalar. Ele é capaz de defender uma opinião, sem ser arrogante com seus colegas. Pelo contrário, argumenta de forma inteligente e, mesmo que no final não consiga fazer sua opinião valer, não se abala de forma emocional, apenas aceita que, dessa vez, a sua ideia não foi a melhor. Ele aceita, na verdade, apreciações alheias, e as utiliza a favor de todos. O mesmo não ocorre com o individualista que, normalmente, opõe-se a qualquer opinião diferente da sua, ignorando-a terminantemente.
Falo por experiência, pois já vi muitos casos. Essas pessoas mais resistentes não sabem o quanto perdem sendo assim. Elas deixam de ser requisitadas pelos demais colegas de trabalho, inclusive para assuntos aleatórios. Com isso, caem em esquecimento. Ninguém gosta de trabalhar com alguém que não consegue ser cúmplice profissionalmente. Doar-se à empresa é fundamental e, nisso está incluso a doação para colegas e projetos.
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TESTEVocê sabe trabalhar em equipe?
1. Durante a realização de um projeto, um colega sugere uma ação, com a qual você não concorda, mas o restante da equipe acata. Você:
a) Aceita, mas fica de "bico" com a equipe.
b) Faz de tudo para convencer os demais a não aceitar a ideia.
c) Avalia prós e contras e acata a opinião pelo grupo.
2. Essa ideia não dá certo, criando um grande problema para a empresa. Você:
a) Fica chateado com a equipe, pois você sabia que não ia dar certo.
b) Fala pra equipe com ar de vitorioso: "Eu disse, eu disse".
c) Assume o erro com a equipe e busca corrigi-lo.
3. É sexta-feira, véspera de carnaval, você concluiu todas as suas pendências e está pronto pra cair na folia. Mas seus colegas estão ainda sobrecarregados. Você:
a) Dá graças a Deus que não está no lugar deles.
b) Acha que eles não souberam se organizar.
c) Oferece ajuda.
4. Sua equipe precisa concluir um projeto que está muito "enrolado". Você:
a) Acha que não vai dar certo e deixa a coisa rolar.
b) Assume tudo pra você, pois eles não vão dar conta.
c) Reúne a equipe e redistribui as tarefas.
5. Dois membros de sua equipe entram em conflito. Você:
a) Não se envolve, é problema deles.
b) Entra na briga e defende aquele que você acha que tem razão.
c) Junto aos outros membros da equipe procura resolver o conflito.
6. Os membros de sua equipe vivem delegando tarefas para você, deixando-o sobrecarregado:
a) Fica inconformado, mas realiza as tarefas.
b) Diz que não aceita, pois não é tarefa sua.
c) Analisa o que pode fazer e se recusa a aceitar tarefas que venham a sobrecarregá-lo.
Você é um bom membro de equipe se você marcou a maioria da letra "c". Mas ao escolher a maioria de "a" ou "b", ou você está sendo omisso ou você pode estar tratando mal os seus colegas. Cuidado!