O Fed (Federal Reserve, o banco central americano) anunciou nesta quarta-feira (15) um novo adiamento no aumento de juros dos Estados Unidos. A última alta na taxa de juros ocorreu em dezembro (de zero a 0,25% para 0,25% a 0,5%) – a primeira desde 2006.
A decisão foi tomada na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), liderada pela presidente do Fed, Janet Yellen.
Em maio, Yellen sinalizou que a instituição poderia elevar os juros, a depender do crescimento apontado pelos dados econômicos do segundo trimestre.
Com o país em recessão nos anos 2000, a marca próxima do zero impulsionava a retomada econômica.
Os sinais de recuperação progridem, ainda que num ritmo mais lento do que o mercado esperaria. “Ainda que a taxa de desemprego tenha caído, o ganho de novos postos de trabalho diminuiu”, diz comunicado da entidade.
Altos e baixos
Em coletiva de imprensa, Yellen apontou pontos baixos e altos da economia nacional. Exportações, por exemplo, foram prejudicadas por fatores como a crise internacional, a alta do dólar e o setor energético debilitado.
Investimentos corporativos, afirmou a presidente do Fed, “foram particularmente fracos no inverno”. As famílias americanas também seguraram os gastos, o que afetou o mercado doméstico.
Em compensação, o mercado de trabalhou adicionou novas vagas num passo saudável durante o primeiro trimestre (média de 200 mil por mês), ressaltou Yellen.
Na segunda semana de abril, por exemplo, o número de americanos que solicitaram auxílio-desemprego despencou para o nível mais baixo desde 1973.
No começo do mês, contudo, o Departamento do Trabalho divulgou acréscimo de apenas 38 mil postos, a taxa mais baixa em cinco anos.
Yellen pediu cautela com “reações exageradas” a dados que poderiam ser ponto fora da curva. A greve de mais de 35 mil funcionários da Verizon ajudou a puxar o número para baixo. Pelos critérios do governo, o contingente é enquadrado no desemprego.
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