O conselheiro do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país, na sigla em inglês), Li Daokui, fez hoje uma avaliação positiva sobre a perspectiva para o euro no longo prazo. Segundo ele, os mercados financeiros globais reagiram exageradamente à crise de dívida soberana europeia. Durante um fórum financeiro em Xangai, Li reiterou que a flutuação do yuan ocorrerá tanto em direção à valorização quanto à desvalorização.
Os comentários de Li foram feitos na véspera da cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), em Toronto, no Canadá e no dia em que a moeda chinesa atingiu uma nova máxima desde 2005, quando o PBOC ajustou a moeda para permitir que ela se apreciasse gradualmente em relação ao dólar. Essa política durou até meados de 2008, quando o governo voltou a controlar a moeda em meio à crise financeira e econômica global.
A máxima atingida hoje pelo yuan também foi a maior desde a década de 1980, quando a China começou a permitir que o yuan fosse negociado, como parte de reformas orientadas para o mercado implementadas pelo governo. No entanto, muitos analistas dizem que o yuan vai voltar a ter ganhos graduais na próxima semana, pois o governo da China não vai permitir fortes avanços na moeda, o que prejudica os exportadores locais.
Nesta semana, a China removeu a fixação do yuan ao dólar, que estava em vigência há quase dois anos, colocando a moeda de volta em um sistema de flutuação gerenciada que referencia o yuan a uma cesta de moedas que incluem o euro. Autoridades chinesas disseram que o movimento vai ajudar a reduzir a pressão para que o yuan se valorize diante o euro, em meio à crise europeia.
Li também afirmou acreditar que "o euro provavelmente vai cair diante do dólar e algumas outras moedas no curto prazo, mas deverá se recuperar para um nível relativamente alto no médio ou longo prazo". As informações são da Dow Jones.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast