O total de empregos eliminados nos Estados Unidos desde que a recessão começou, em dezembro de 2007, já soma 3,6 milhões, sendo que metade destas vagas desapareceram apenas nos últimos três meses. Segundo economistas, a tendência de forte encolhimento no mercado de trabalho está clara.
O governo americano fez revisões nos números para todo o ano de 2008, mostrando que 3,5 milhões de empregos foram perdidos no ano passado, cerca de 400 mil acima da estimativa divulgada anteriormente. Trata-se do maior volume de demissões desde que os dados começaram a ser registrados em 1939. A taxa de desemprego deu um salto para 7,6% no mês passado, de 7,2% em dezembro.
Em janeiro deste ano, o total de cortes no mercado de trabalho norte-americano atingiu 598 mil, informou nesta sexta-feira (6) o Departamento do Trabalho, o maior desde dezembro de 1974 e acima dos 525 mil previstos pelos economistas. O número de cortes de vagas em dezembro foi revisado em alta, para 577 mil, superando o cálculo anterior de 524 mil.
Os cortes na indústria de bens de produção chegaram a 300 mil em janeiro; dentro deste grupo, as empresas de manufatura reduziram em 207 mil seu quadro de funcionários, o maior corte desde a recessão de 1982, com as perdas de emprego concentradas em indústrias de veículos motores e metais. A indústria de construção perdeu 111 mil empregos.
No setor de serviço, os cortes atingiram 279 mil. As empresas de varejo cortaram 45 mil empregos em janeiro, pelo 12º mês seguido. O governo criou 6 mil empregos.
A taxa de desemprego nos EUA subiu para 7,6% em janeiro, atingindo o maior nível desde setembro de 1992. Há economistas que acreditam que a taxa possa atingir 9% nos próximos meses. O salário médio por hora dos trabalhadores norte-americanos teve um aumento de US$ 0,05 - ou 0,27% - em janeiro, para US$ 18,46, de acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA. As informações são da Dow Jones.