Os depósitos em caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 4,182 bilhões, neste mês, até o dia 9 de maio, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta terça-feira (15). Nesse período, os depósitos chegaram a R$ 35,731 bilhões e as retiradas ficaram em R$ 31,548 bilhões.
Se essa tendência se confirmar, o mês de maio terá a maior captação líquida (mais depósitos que retiradas) da série histórica do BC. Até agora, o maior registro para meses de maio foi em 2010, quando a captação líquida ficou em R$ 2,120 bilhões. Em abril deste ano, o resultado positivo foi R$ 1,977 bilhão.
A aplicação de recursos na poupança ocorre mesmo depois de o governo anunciar mudanças nas regras de remuneração. A Medida Provisória 567, válida desde o dia 4, estabeleceu que sempre quando a taxa básica de juros, a Selic, estiver menor ou igual a 8,5% ao ano, a forma de remuneração muda. Nesse caso, os depósitos serão corrigidos por 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a Selic está em 9% ao ano. Portanto, continua a regra de remuneração de TR mais 0,5% ao mês.
O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta terça-feira (15) que, após o anúncio das novas regras, a captação líquida cresceu. Nos oito primeiros dias úteis no mês, o banco registrou 223% de aumento se comparado ao mesmo período do mês de abril deste ano. De acordo com o banco, a participação do BB na captação líquida do mercado também registrou crescimento após a alteração nas regras da poupança, passando de 12,4% no dia 4 de maio para 36,9% no dia 8.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast