As mudanças no padrão de consumo do brasileiro nos últimos anos e uma nova estratégia de expansão e abastecimento são as apostas da rede norte-americana Dunkin’ Donuts para retornar ao país. A marca de cafés e rosquinhas encerrou 25 anos de operações no Brasil em 2005, em parte, “por não ter infraestrutura regional adequada para crescer e expandir”, de acordo com o vice-presidente de Desenvolvimento Internacional da Dunkin’ Donuts, Jeremy Vitaro.
Para voltar ao Brasil, dez anos depois de ir embora, a rede reviu as formas de promover o crescimento e aplicou mudanças na operação, como a adaptação dos cardápios, por exemplo.
A nova empreitada de conquista do território nacional começou por Brasília. A operação foi aberta em maio, em parceria com o Grupo OLH, master franqueado para a região Centro-Oeste, principalmente Goiás e Distrito Federal. São duas unidades, um quiosque no Parkshopping e um restaurante. A empresa ainda busca master franqueados para outras regiões do país. São Paulo e Rio de Janeiro são mercados preferenciais e a previsão é abrir pelo menos 50 lojas em até 10 anos. “Estamos lidando com a nossa reentrada brasileira com a máxima dedicação em todas as áreas, incluindo a imagem da loja, seleção dos franqueados, escolha do local e serviço ao cliente. Iremos crescer de uma forma disciplinada com múltiplos parceiros de franquia”, explica Vitaro.
Além do mercado mais maduro no país, inclusive no crescimento do modelo de negócios em franchising, a rede fez adaptações ao menu para agradar ao paladar regional. A prática é comum nos 11.300 restaurantes em 37 países em que Dunkin’ Donuts está presente. Em mais de 3,2 mil lojas fora dos Estados Unidos, o cardápio é elaborado com adaptações regionais, com a inclusão de ingredientes locais.
Cardápio
O menu básico inclui café quente e gelado, chá quente e gelado, café expresso, lattes, cappuccinos, sanduíches, muffins, croissants e Donuts com assinatura da marca. No Brasil, a operação terá produtos com doce de leite, maracujá e coco.
Outra estratégia para consolidar a volta ao país está na escolha do perfil do franqueado. Os parceiros deverão ter experiência no segmento de restaurantes, além de estrutura financeira para sustentar na operação. O investimento inicial pode variar entre R$ 195.000 e R$ 1 milhão por loja, com a taxa de franquia entre R$ 39 mil e R$ 78 mil. O portfólio para as unidades brasileiras inclui lojas em centros comerciais, quiosques e restaurantes.
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